Workshop de Tecnologias Assistivas apresenta novidades para alunos com deficiência

Rio de Janeiro

22.04.2024

Imagine um equipamento que proporciona a leitura e a escrita em Braille para estudantes com deficiência visual, ou um painel com nove botões sensíveis ao toque que substitui o teclado do computador e permite aos alunos com necessidades especiais a digitação das letras. Essas foram algumas das novidades apresentadas no II Workshop de Tecnologias Assistivas, realizado nesta quinta-feira (18/04), no Colégio Estadual José Leite Lopes (NAVE), no Andaraí, Zona Norte do Rio.

O evento foi organizado pela Superintendência de Projetos para Educação Especial, da Subsecretaria de Planejamento e Ações Estratégicas da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), e contou com a participação de seis empresas expositoras e de professores da rede estadual que trabalham com Educação Especial. O uso das tecnologias assistivas permite que os alunos com deficiência tenham mais autonomia e independência no dia a dia nas salas de aula, além de proporcionar a inclusão.

Durante o workshop, os professores puderam conhecer diversos equipamentos disponíveis no mercado, como um conjunto de tapetes educativos em forma de jogos que auxiliam no aprendizado de Matemática, História e Geografia. Um dos tapetes faz até uma espécie de quiz sobre o combate à dengue. Outra grande novidade é uma câmera com inteligência artificial, acoplada a um óculos. Destinado aos deficientes visuais, o produto é capaz de escanear e “ler” textos em três idiomas (português, espanhol e inglês), fazer reconhecimento facial e identificar cores.

A ideia é que os professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais e os Centros e Núcleos da Educação Especial participem do processo de escolha dessas novas tecnologias, de acordo com as especificidades pedagógicas dos estudantes.

– O evento apresentou o que há de mais moderno em tecnologias para os nossos alunos da Educação Especial e, com certeza, para os alunos da rede como um todo, porque a tecnologia está aí. É uma coisa extremamente democrática. Mais uma vez, reforçamos um modelo que trouxemos como inovação, que foi um sucesso no primeiro workshop entre nossos queridos professores, que entendem o que acontece no chão da escola. Dessa maneira, eles vão fazer o ranqueamento das tecnologias, determinando para a Seeduc o que tem de relevância no processo de ensino e aprendizado, e na melhora que terão para propor aos alunos – disse Daniel Bove, superintendente de Projetos para Educação Especial da Seeduc.

De acordo com o superintendente, os professores terão um prazo de aproximadamente 20 dias para preencher um formulário com a avaliação dos equipamentos e encaminhar para a secretaria. Para quem não pôde comparecer ao evento ou assistir on-line no dia, o conteúdo do workshop estará disponível na plataforma da Seeduc.

Foto: Weslley Barbosa - Seeduc-RJ