A Secretaria da Educação (Seduc) realiza, entre os dias 4 e 8 deste mês, a I Semana de Combate à Violência contra a Mulher – (Há)Fazeres que ninguém vê: trabalho doméstico e impactos na Educação. A iniciativa busca debater sobre o papel da escola na prevenção e no enfrentamento à violência no ambiente familiar, além de promover a reflexão acerca da invisibilidade dos serviços domésticos, exercidos em maioria por mulheres. A ação ocorre por intermédio das Coordenadorias de Educação em Direitos Humanos, Inclusão e Acessibilidade (COEDH) e Administrativa (COADM). A programação conta com atividades na sede da Seduc e em escolas da rede pública estadual.

A cerimônia de abertura foi realizada nesta segunda-feira (4), na sede da Seduc, com apresentação do grupo de coral da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Dona Creusa do Carmo Rocha, de Fortaleza. A secretária executiva do Ensino Médio e Profissional, Jucineide Fernandes, representou a secretária Eliana Estrela na ocasião.

“Estamos mobilizando as escolas para realizarem este movimento. Quando discutimos a temática de gênero e do papel da mulher na sociedade, entendemos que muitas vezes os homens precisam escutar bem mais do que as mulheres. É preciso que todos respeitem o espaço da mulher, o empoderamento feminino, as opções que a mulher precisa fazer em relação ao trabalho e à família. A violência contra a mulher apresenta índices alarmantes, e precisamos educar nossos filhos para a construção de uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para as mulheres”, frisa a secretária executiva.

A Semana de Combate à Violência contra a Mulher tem como objetivos, ainda, contribuir para o conhecimento das disposições da Lei Maria da Penha, havendo o incentivo à reflexão crítica sobre o tema entre estudantes, profissionais da educação e comunidade escolar. A ação também visa abordar os mecanismos de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar, seus instrumentos protetivos e os meios para o registro de denúncias, com a capacitação de educadores e a conscientização da comunidade sobre violência nas relações afetivas.

Entre o conjunto de atividades na programação da Semana, tanto nas escolas como na Seduc, estão previstos encontros presenciais e virtuais, com palestras, oficinas, cine debates, mesas redondas, lançamento de livros, cards, aulas de campo e visitas a equipamentos culturais. Algumas escolas receberão a “Prateleira Maria da Penha”, projeto que organiza uma coletânea de obras temáticas em defesa da equidade de gênero e proteção das mulheres.