Em busca de estratégias para a consolidação dos resultados e para a sustentabilidade dos impactos do Programa Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS), aconteceu, nos dias 25 e 26 de outubro, em Brasília, o 8º Encontro de Rede AMS, organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), com o objetivo de trabalhar, por meio de parcerias, o fortalecimento de capacidades em matéria de gestão de riscos, de crise e comportamentos mais seguros.

A subsecretária de Planejamento e Ações Estratégicas da Secretaria de Estado de Educação, Myrian Medeiros, e o superintendente de Desenvolvimento de Pessoas, Diego Ferreira, representaram a Seeduc-RJ neste encontro.

O Programa Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS) tem buscado mitigar e responder às consequências da exposição da população e dos profissionais dos serviços públicos essenciais aos contextos de violência armada, no intuito de se alcançar o bem-estar dos profissionais, assim como, a ampliação da provisão e acesso da população aos serviços básicos essenciais.

– O CICV possui vasta experiência e recursos educativos que podem fortalecer as políticas, as práticas de segurança e, também, as ações realizadas pelas escolas. Iniciamos o programa em 105 escolas localizadas em quatro Regionais Metropolitanas (I, III, V e VII). Ter a Cruz Vermelha ao nosso lado demonstra todo o compromisso que a Seeduc-RJ  tem com a educação voltada para a cultura de paz - ressaltou a subsecretária Myrian.

O CICV ajuda pessoas do mundo inteiro afetadas por conflitos armados e outras situações de violência, fazendo todo o possível para proteger a sua dignidade e aliviar o seu sofrimento, com frequência em conjunto com os parceiros da Cruz Vermelha. Também procura prevenir as dificuldades com a promoção e o fortalecimento do Direito Humanitário e a defesa dos princípios universais.

– A ferramenta do Acesso Mais Seguro é uma plataforma muito eficaz que, dentre outras utilidades, ajuda na elaboração das políticas públicas estaduais. São 14 anos de muito sucesso, os esforços e resultados são bastante positivos - comentou o chefe da delegação  para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Alexandre Formisano.

Por meio do AMS, o CICV apoia as instituições para que desenvolvam e programem estratégias de gestão de riscos relacionados à violência armada, visando o estabelecimento de protocolos internos que potencializem a adoção de comportamentos e práticas mais seguras por todos os seus profissionais, para que sejam desenvolvidas e implantadas ações específicas em cada unidade de serviços (por meio de um plano de contingência – o Plano de AMS), o que potencializa a capacidade dos profissionais de agir frente a uma situação de risco ou crise relacionada à violência armada. Recomenda, ainda, uma série de condutas e comportamentos mais seguros que devem ser adotados no cotidiano de trabalho, para sistematizar a autoproteção dos profissionais.

– Essa parceria é fundamental, tendo em vista a complexidade do cenário fluminense, onde há territórios com incidência de violência. Assim, a gente consegue garantir um trabalho pedagógico contínuo e isso é um elemento fundamental para o sucesso escolar de nossos alunos. E nessa direção que seguimos, com essa parceria - lembrou Diego Ferreira. 

Com a previsão de que dois terços da população mundial viverá em cidades até 2030, o crescimento dos centros urbanos, muitas vezes desordenado, será marcado por dificuldades na absorção dessa população e, em particular, pelo provável aumento da violência armada.

– Esse momento e muito importante para nós, a partir de uma proposta séria e efetiva pela cultura de paz. É maravilhoso termos essa iniciativa do Acesso Mais Seguro e do Comportamento Mais Seguro. Isso contribui para a paz, respeito e diálogo, além de auxiliar na prevenção e na resolução de conflitos - conclui Myrian Medeiros. 

O encontro foi uma iniciativa do CICV para propor o intercâmbio de experiências com a implantação do Programa AMS, no qual participam os profissionais das instituições parceiras. O principal objetivo desses encontros é facilitar a troca entre os parceiros e fomentar espaços de aprendizagem conjunta por meio do compartilhamento de boas práticas e de lições aprendidas.

Foto: Divulgação Seeduc/RJ