A Secretaria da Educação do Estado (SEC) realizou, nesta terça-feira (11), uma reunião com representantes da Rede Teia dos Povos, associação que auxilia no desenvolvimento, empoderamento e emancipação de comunidades rurais e de povos e comunidades tradicionais na Bahia. O objetivo foi discutir ações de fortalecimento da Educação, nas diferentes modalidades de oferta, a exemplo da Educação do Campo e e da Educação Profissional e Tecnológica, considerando os conhecimentos e saberes dos povos e comunidades tradicionais. Além disso, a pauta tratou sobre parcerias com as universidades e da VI Jornada de Agroecologia da Bahia, que acontecerá no mês de outubro, na Chapada Diamantina, em uma realização da Rede Teia dos Povos.

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre a importância deste diálogo. “O Governo, desde a época de Jaques Wagner, teve um olhar diferenciado para a população do campo e povos tradicionais. Entendemos a importância de o aprendizado escolar estar integrado com os antigos saberes dessas populações e a realidade social e econômica das localidades, envolvendo parcerias com os municípios e as universidades. A sexta Jornada de Agroecologia da Bahia também é uma grande oportunidade de apresentar para estudantes e professores da região uma pedagogia direcionada para o tema, que envolve cultura e capacitações dentro da Agroecologia”, destacou.

O coordenador da Rede Teia dos Povos, Joelson Ferreira, contou que o objetivo da rede é avançar na modernização do ensino valorizando as origens e os conhecimentos tradicionais. “Quando tivemos a iniciativa de investir na formação de nossos jovens dentro das comunidades, queríamos dar a oportunidade deles se tornarem doutores e tivemos muitos exemplos bem-sucedidos. Com o tempo, percebemos certa defasagem nas nossas escolas em relação à aprendizagem, por isso o nosso objetivo é inseri-los na escola do século XXI, retomando esse trabalho. Sabemos do interesse do Governo, assim como do secretário Jerônimo, que foi sempre um parceiro. Por isso trouxemos propostas que podem ser um novo caminho para esse diálogo, incluindo a participação das universidades”, disse.

O superintendente Ezequiel Westphal, da Educação Profissional e Tecnológica do Estado, falou sobre a oferta de cursos técnicos alinhada às demandas dos povos e comunidades tradicionais. “O plano de ensino dos cursos tem essa tarefa também de promover a formação humana destes jovens. A qualidade da formação técnica tem que estar integrada com essas tradições e temos que levar esse olhar para o planejamento que a Secretaria da Educação tem para essas comunidades”, afirmou.