Rio de Janeiro
13.12.2017A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) do Rio de Janeiro aderiu à campanha mundial 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que começou em 25 de novembro e terminou no último domingo, dia 10. Diversas escolas e professores da rede estadual se engajaram e realizaram ações preventivas e educativas, promovendo a reflexão e o debate desse tema.
Uma das atividades envolveu os jogadores de futebol das categorias de base (Juvenil e Junior) do Fluminense, com idades que variam de 16 a 19 anos. Duas professoras ministraram uma palestra sobre a Lei Maria da Penha, conversaram e esclareceram dúvidas dos jovens atletas. A iniciativa aconteceu no Centro de Treinamento do clube, em Xerém, Duque de Caxias, na última quinta-feira, dia 7, após o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, celebrado em 6 de dezembro.
– As escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro se engajaram nessa campanha e realizaram diversas atividades. Essa palestra voltada aos jovens atletas do Fluminense, por exemplo, seguiu a linha das outras que foram ministradas nas unidades de ensino da Seeduc ao longo do ano e que debateram a Lei Maria da Penha – declarou o secretário de Estado de Educação, Wagner Victer.
Durante a palestra, os jovens jogadores assistiram a vídeos, participaram de uma dinâmica e ouviram os esclarecimentos das professoras. Todo o conteúdo foi elaborado de maneira didática e simples. Os atletas Heitor Gonçalves e William dos Santos, ambos de 18 anos, por exemplo, tiraram dúvidas sobre questões de gêneros, um dos pontos abordados e debatidos.
– Temos um lema aqui: “faça uma pessoa melhor e você terá um jogador melhor”. Acreditamos que uma atividade como essa, aliada à educação escolar, é importante para construir um atleta e jogador de futebol “do bem” dentro e fora campo e que se torne referência no mundo esportivo – destacou o coordenador de projetos de futebol do Fluminense, Marcel Giannecchini.
As palestrantes explicaram, ainda, que a violência contra a mulher é um tema importante a ser abordado nas escolas, pois as ações educativas são formas de prevenção e fazem parte dos eixos de atuação da política de enfrentamento da violência contra as mulheres, que também incluem assistência, por meio das redes de atendimento; combate, com ações punitivas; e garantias de direito, que promovem, entre outras coisas, o empoderamento.
Ensino da Lei Maria da Penha nas escolas estaduais
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) tem realizado um conjunto de ações pioneiras no Rio de Janeiro e no Brasil. Em novembro de 2016, o Governo do Estado sancionou a Lei Nº 7.477, criando o “Programa Lei Maria da Penha vai à Escola” e estabelecendo o ensino de noções básicas da Lei Maria da Penha em escolas estaduais. O Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a adotar a proposta em forma de lei.
Em outra iniciativa importante, a Secretaria de Educação e o Ministério Público estadual firmaram, em março de 2017, um convênio para divulgação do projeto e elaboração de videoaulas com o objetivo de trabalhar de forma preventiva a violência contra a mulher. Desde então, mais de 50 palestras sobre a Lei Maria da Penha foram ministradas em escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro.