A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) atende atualmente a 1.500 alunos com altas habilidades/superdotação. Durante a pandemia do Covid-19, a Seed teve que se adaptar para dar continuidade ao ensino de qualidade a esses estudantes. Uma das maneiras encontradas foi, além do Aula Paraná, ofertar oficinas on-line, que ajudaram na adesão e engajamento dos alunos superdotados.

De acordo com a chefe do Departamento de Educação Especial (DEE), Angela Mercer de Mello Nasser, em maio, as turmas de altas habilidades começaram a ter as primeiras oficinas via Classroom com diversas temáticas, desenvolvidas pelo DEE e pelo Núcleo de Atividades para Altas Habilidades/Superdotação (NAAH) e o objetivo principal era promover o enriquecimento curricular e apoiar o trabalho dos professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais a dinamizar o ensino. “A decisão de ofertar oficinas para os alunos com altas habilidades cumpre o principal propósito da secretaria que é oferecer a eles aulas com qualidade, dinâmica e que os motive sempre”, explica.

Oficinas via Classroom que complementam os estudos - Ao todo são 20 oficinas que englobam temáticas diversas, desde Biologia, Escrita Literária, Matemática, dentre outras, como as matérias da grade curricular mais outras extras, como Fanzine, Robótica, PRG e Iniciação Científica. A técnica pedagógica do Departamento de Educação Especial, responsável pela área de Altas Habilidades/Superdotação, Denise Maria de Matos, afirma que a adesão dos alunos às oficinas tem sido muito positivo. “Temos oficinas que chegam a ter até 140 inscritos e os alunos sempre se mostram interessados em continuarem participando”, comemora.

Calebe Rodrigues Calleffi é aluno com alta habilidade e estuda no Colégio Estadual Marechal Castelo Branco, no município de Primeiro de Maio, norte do Paraná. Ele já participou da oficina de Iniciação Científica e agora participa da oficina de Literatura ofertada pela Seed, e conta que em ambas o aproveitamento foi muito bom. “Estou me preparando para os vestibulares e por meio dessa oficina me sinto mais preparado para a faculdade ano que vem”, conta.

Atividades extras via meeting - Além das oficinas, outra atividade oferecida aos alunos com altas habilidades é o Hora do Recreio, via meeting. A técnica Denise explica que essa atividade ajuda a manter os estudantes motivados às aulas, ao convidar profissionais de áreas específicas ou ex-alunos para compartilharem suas experiências de vida. “É um momento leve de descontração em que nós podemos conversar, ter uma interação, ainda que virtual, e poder incentivar nossos alunos com altas habilidades a continuarem seus estudos”, explica.

O Hora do Recreio é uma das atividades com maior adesão por parte dos alunos com altas habilidades. São 567 estudantes ao todo que participam dos meetings, interagem e não perdem os encontros promovidos. Nesses encontros também acontecem gincanas e atividades recreativas que por diversas vezes envolvem os pais dos alunos.

Para André Coneglian, pai do aluno Lorenzzo, do Colégio Militar de Londrina, as atividades são muito bem-vindas, pois estão sempre tirando os alunos com altas habilidades da monotonia. “As atividades são fundamentais para os alunos, pois eles estão sendo sempre desafiados a aprenderem mais com várias atividades e oficinas”, explica.

Grupo de estudo para os professores - Outra atividade ofertada pela Seed que visa a melhorar o ensino dos alunos com altas habilidades são os grupos de estudos para professores das salas de recursos. Essas salas de estudos on-line, via Classroom, permitem aos educadores a troca de informações e os ajudam a se sentirem mais preparados.

“O trabalho do professor nas salas de recurso multifuncionais exige muito dinamismo para atender com qualidade o que esses estudantes necessitam”, explica Claudia Camargo Saldanha, Coordenadora Pedagógica do Departamento de Educação Especial