Projeto Vozes Literárias promove descoberta de talentos em escola de Sergipe

Sergipe

14.01.2020

Cerca de 800 alunos dos ensinos fundamental e médio, do Colégio Estadual Petrônio Portela, localizado no conjunto Augusto Franco, em Aracaju, se reuniram na quadra da escola para a culminância do projeto Vozes Literárias que chega a sua décima edição. Com o tema "O Em (canto) da viagem Paradidática", a partir de obras da literatura brasileira, os jovens estudantes protagonizaram peças teatrais e apresentações musicais, durante dois dias de evento.

Títulos como Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado; Uma Pedra no Caminho de Carlos Drummond de Andrade, e A árvore que dava dinheiro, de Domingos Pellegrini, ganharam destaque no evento. De acordo com a professora Vanusia Maria dos Santos, coordenadora do projeto, a iniciativa tem como objetivo resignificar o ensino das linguagens por meio de ações que impulsionam a descoberta de talentos, bem como a aprendizagem do alunado.

"É um evento que ultrapassa os muros da escola e que integra toda a comunidade. Presenciar esse resultado é estimulante para todos nós, pelo esforço do aluno que esteve empenhado em mostrar o seu melhor", disse Vanusia, acompanhada do coordenador pedagógico da unidade, o professor Érico Novais Oliveira, e outros professores que também estiveram envolvidos na execução do projeto.

Experiências e talentos

As vozes do protagonismo ecoaram durante a manhã de apresentações no Petrônio Portela. E foi com entusiasmo e um pouco de nervosismo, que os alunos puderam mostrar suas experiências acerca das obras paradidáticas escolhidas, através dos títulos trabalhados em sala de aula durante a unidade.

Optando pelo livro Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, a turma do 3º do ensino médio conquistou o público que acompanhava a apresentação. O estudante Cael Benício Souza, que dirigiu o musical, destacou a importância do evento e como usou a sua experiência nas artes cênicas para a construção do espetáculo. "Estou muito feliz por tudo que aconteceu hoje. Foram muitos dias de ensaios, passagem de música e eu só tenho a agradecer o empenho e dedicação dos meus colegas", disse o jovem, que tem formação técnica em artes cênicas e pretende ingressar na Universidade de São Paulo (USP), no mesmo curso.

A estudante Izashiely Aparecida Trajano de Oliveira Gomes, aluna do 8º ano, também compartilha sua opinião sobre o projeto. Para ela, a experiência proporciona ganhos positivos para sua trajetória escolar, como o incentivo à leitura. "Acredito que sem esse conhecimento a gente não vai a lugar nenhum. É primordial que tenhamos mais ações como essa na escola", pontuou.

Para Cauã Victor Donato Ramos, aluno do 7º ano, turma que ficou responsável pela obra A Rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes, o trabalho desperta sensibilização sobre temáticas de interesse universal, como os conflitos que ocorrem em algumas partes do mundo.