Ao longo dos meses de setembro e outubro, nove turmas do Programa Mulheres Mil concluíram suas formações, certificando 131 mulheres em diversas áreas profissionais. O programa, inserido no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), tem como foco a educação profissional e tecnológica de mulheres em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade e integra ainda ações de cidadania e desenvolvimento sustentável. Os cursos oferecidos pelo Mulheres Mil incluíram Agricultora Orgânica, Agente de Desenvolvimento Cooperativista, Assistente de Costura, Assistente Administrativo, Recepcionista, Agente de Segregação e Coleta de Resíduos Sólidos e Microempreendedora Individual. 

As cerimônias de certificação ocorreram nas instituições parceiras onde as formações foram ministradas: a Associação Beneficente São José e a Pia Sociedade de Padre Nicola Mazza, ambas em João Pessoa; a Associação Mulheres Guerreiras Indígenas Potiguara, em Baía da Traição; e a Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos, em Alagoa Grande, tendo a última ocorrido nesta quarta-feira (09). Cada formação teve duração média de três meses, com aulas teóricas, práticas e visitas técnicas, proporcionando uma experiência completa e integradora para as participantes.

Um diferencial do programa foi a presença de orientadores formados em áreas como serviço social, direito e psicologia, que auxiliaram as alunas ao longo do curso. A inclusão desses profissionais ofereceu um suporte adicional, promovendo um ambiente que acolhia não só as necessidades de qualificação profissional, mas também as questões sociais e emocionais enfrentadas pelas participantes. 

De acordo com Adriana Cardoso, coordenadora do Pronatec na Paraíba, o programa trouxe grandes conquistas para as mais de 130 mulheres. "Com grande alegria encerramos esse ciclo do Mulheres Mil. Durante o percurso, pudemos ver mulheres fortes, guerreiras, algumas com tripla jornada, e inúmeras dificuldades, e que mesmo assim não desistiram de buscar sua qualificação profissional. Durante as certificações, o sentimento foi sempre de gratidão pela conquista alcançada", afirmou Adriana. Ela destacou ainda o compromisso do programa em ampliar suas ações para que mais mulheres possam acessar oportunidades de educação e desenvolvimento.

Os cursos, além de qualificar as participantes em áreas profissionais específicas, também buscaram promover o empreendedorismo e a sustentabilidade. Em locais como a Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos e a Associação Mulheres Guerreiras Indígenas Potiguara, por exemplo, a capacitação envolveu práticas ligadas à preservação ambiental e ao fortalecimento das comunidades locais, através do curso de Agricultor Orgânico.

As participantes que concluíram os cursos agora possuem ferramentas que podem ser utilizadas tanto para inserção no mercado de trabalho quanto para o desenvolvimento de iniciativas próprias, como o Microempreendedor Individual. A capacitação em diferentes áreas reflete o objetivo do Mulheres Mil de fornecer uma formação que se alinhe com as demandas do mercado e as necessidades das regiões atendidas, promovendo o desenvolvimento local e pessoal.

Sobre o Mulheres Mil - O Programa foi instituído nacionalmente em 2011 e é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC). Relançado por intermédio da Portaria nº 725, de 13 de abril de 2023, o projeto, inserido no âmbito do Pronatec, tem como objetivo promover a qualificação profissional de mulheres em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a igualdade social, econômica, racial, étnica e de gênero. Destina-se a mulheres acompanhadas por centros de assistência social ou participantes de programas sociais não vinculados diretamente a esses centros.