Alagoas
23.10.2023O programa Criança Alfabetizada contabiliza já resultados animadores em Alagoas, graças à mobilização dos profissionais responsáveis por garantir a alfabetização na idade certa. E é para garantir que toda criança com até sete anos de idade saiba ler e escrever que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) investe em processos formativos e promove avaliações, garantindo, ainda, a compra e distribuição de material didático.
Prova disso é que o programa já conseguiu elevar o Índice de Fluência Leitora (IFL), considerando o intervalo entre a primeira avaliação diagnóstica - que envolveu 36 mil jovens e foi realizada no dia 13 de abril - e a avaliação formativa, aplicada no mês de julho e com a qual o professor monitora o progresso do estudante. Em pouco mais de três meses, a média geral saiu de 2,8 para 3,9 em Alagoas.
“A avaliação da fluência leitora é um instrumento importante para medir a alfabetização dos nossos alunos. E já registramos uma melhoria significativa entre os estudantes de 1º e 2º anos do ensino fundamental. Afinal, mais de seis mil alunos deixaram o nível pré-leitor, quando ainda não se consegue fazer uma leitura em voz alta. Isso é fruto da dedicação não apenas da equipe da rede estadual de ensino, mas também dos municípios, no processo de formação dos nossos alfabetizadores e gestores escolares”, explica a gerente especial de Fortalecimento da Educação Infantil e Anos Iniciais da Seduc, Patrícia Torres.
A também coordenadora do Criança Alfabetizada destaca, ainda, a importância da contribuição de parceiros como a Associação Bem Comum junto aos seis mil professores alfabetizadores espalhados pelo estado.
Secretária executiva do Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios da Seduc, Sueleide Duarte, por sua vez, reforça o alcance do Programa de Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), instituído em 2022. Na quinta-feira (19), a secretária, inclusive, participou de um encontro entre formadores regionais das 13 Gerências Especiais de Educação (GEEs). “O Criança Alfabetizada veio para nos mostrar que é possível alfabetizar na idade certa, no chão de escola, e em parceria com os municípios alagoanos. Somente assim é que alcançaremos nossos objetivos”, atesta.
Quem também comemora o resultado são os formadores regionais, que reconhecem a importância do regime colaborativo. “O processo está sendo elogiado, nas escolas, pelos professores e articuladores de ensino. Tudo por conta da eficácia do programa, que consegue unir teoria e prática”, avalia Nadeje Fidelis, formadora da 13ª GEE, que compreende escolas de 21 bairros de Maceió.
Já Maria Josimere Mendonça é formadora da 2ª GEE, sediada na cidade de São Miguel dos Campos, e reforça o sucesso da estratégia. “O programa é fantástico porque é funcional e vai além da leitura. Isso tem motivado os professores e gestores escolares, que já mudaram certos procedimentos. Hoje, cada um sabe o que fazer para contribuir com o seu melhor e, portanto, obter o resultado esperado”.
Manuella Nobre/Ascom Seduc