Lixo Zero, um assunto que exige a atenção de todos, soluções urgentes e construção de cidades sustentáveis. Com esta temática, os professores da rede estadual Sidney Cardoso e Alexandre Almeida apresentaram o trabalho desenvolvido pelo Ciep E>Tec 441 Mané Garrincha, de Magé, durante a terceira edição do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, que acontece em Brasília. O evento reúne especialistas que compartilham experiências na gestão de resíduos sólidos e exemplos de boas práticas e sustentabilidade.   

O Ciep desenvolveu o projeto ‘Lixo Zero’ e criou o primeiro laboratório escolar do país para reciclagem, o Lablixozero, além de implementar um biodigestor. Na unidade, uma Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades (E>Tec), a filosofia é gerir e reduzir a quantidade de lixo por meio de práticas de reciclagem e reutilização. Isso inclui a separação de resíduos, compostagem e uso de materiais de baixo impacto ambiental.

– O debate sobre o meio ambiente está em alta, como deve ser, e para os alunos é uma forma de ver como a sustentabilidade pode ser viável até mesmo em um ambiente escolar – comentou Sidney Cardoso, professor e diretor-adjunto do Ciep, lembrando ainda que a ação foi selecionada para participar do International Day of Zero Waste 2023 - UNO Environment Programme, ano passado, na Itália.

No colégio de Magé, papel, plástico e orgânicos são reciclados, reutilizados ou compostos. Outras medidas também são adotadas, como a utilização de copos ecológicos personalizados e reuso da água do ar-condicionado e da chuva para irrigação da horta.

– A escola vai muito além do professor, do orientador pedagógico e da equipe de gestão. Ela é um território sagrado, um portal da transformação. É muito importante termos cidadãos formados para executarem projetos que proporcionem qualidade de vida – afirmou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.

Nesta edição, o tema do congresso é ‘Acordo Social - Um Caminho para Transformar Cidades’, que visa à união e à cooperação entre todos os setores da sociedade em torno de um bem comum.

Além das questões ambientais e climáticas, o lixo gera problemas sociais, econômicos e de governança, que tornam a situação ainda mais urgente. O acordo é a chave para reduzir o impacto ambiental, promover uma economia mais sustentável, reduzir disparidades sociais e incentivar a inovação, a criação de empregos e o empreendedorismo.

– Como orientador educacional e coordenador do laboratório Lixo Zero do Ciep, tenho a oportunidade de incluir os alunos que precisam de auxílio educacional em um time empreendedor sustentável. É algo positivo para diminuir a evasão escolar e preparar para a vida acadêmica – concluiu o professor Alexandre Almeida, que há 9 anos desenvolve esse trabalho na escola.

Foto: Sandra Barros - Seeduc-RJ