Paraná
06.01.2016
A secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, está otimista em relação a 2016. “Fizemos todo o possível para que não houvesse prejuízo pedagógico em 2015 e o ano se encerrasse da melhor maneira possível. Tivemos duas paralisações de professores, foi um ano bastante atípico. Mas, para 2016, organizamos o calendário escolar de maneira que tudo corra da melhor maneira possível”, disse a secretária.
A intenção é melhorar os índices educacionais no Estado, com base no programa Meta – Minha Escola Tem Ação. “Logo teremos os resultados da Prova Brasil. Buscamos melhorar nossos índices de educação, nosso foco é o estudante. Para isso, temos muitas propostas na formação dos profissionais, estamos em plena discussão no País todo da escola que temos e a escola que queremos, estamos ouvindo professores, pedagogos, servidores”, disse a secretária.
Ela destaca que a proposta do Paraná, assim como a de outros estados, será apresentada no próximo ano, até abril. “Todas as nossas ações são para ter boa qualidade na aprendizagem. Para isso foi criado o Meta, um programa amplo, com recursos já previstos em orçamento, que tem como objetivos fortalecer a gestão escolar visando a melhoria da qualidade do ensino da educação básica e reduzir as taxas de abandono, reprovação, aprovação por conselho de classe e distorção idade série”.
ORÇAMENTO - A secretária explica que orçamento para 2016 é de R$ 7,6 bilhões, volume maior de recursos que o previsto inicialmente para este ano, de R$ 6,3 bilhões. “Não sobra muito para investir, pois quase 90% são utilizados com a folha de pagamentos. Mas, na medida do possível, procuramos investir mais”, diz Ana Seres.
QUALIFICAÇÃO – A formação continuada dos educadores é uma das prioridades para elevar a qualidade do ensino. Em quatro anos a Secretaria de Estado da Educação liberou 823 professores para cursar mestrado ou doutorado, sem a perda de salários. A prática vem sendo adotada desde 2012, quando foi criado um edital anual que possibilita aos professores solicitar a liberação de suas funções para cursar a pós-graduação Stricto sensu (mestrado ou doutorado) e continuar a receber seus vencimentos sem nenhum ônus.
Em 2012 foram liberados 315 professores. No ano seguinte, 112. E em 2014, foram 203. Neste ano, 193. Antes de 2012, quando o professor pedia afastamento para cursar mestrado ou doutorado, ele parava de receber salários. Precisava de uma licença não remunerada.
Além dos afastamentos remunerados, em quatro anos também aumentou a oferta no número de vagas do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). A nova turma será iniciada em 2016.
Desde 2012, o programa ofertou 2 mil vagas a cada edição. Porém, os professores com titulação de mestrado ou doutorado, classificados para cursar o PDE dentro do número de vagas ofertadas a cada ano, puderam optar por ascender ao nível III da carreira com aproveitamento de 100% de sua titulação, o que não acontecia nas edições anteriores do PDE.