Secretaria de Educação do Rio de Janeiro
28.03.2018Cinco professores da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) do Rio de Janeiro participaram de uma iniciativa que jamais esquecerão. Durante dez dias, eles realizaram um intercâmbio educativo na Inglaterra, onde visitaram e conheceram instituições renomadas de ensino, museus, pontos turísticos e trouxeram na bagagem importantes ensinamentos que poderão aplicar em suas aulas. De volta a terras cariocas, eles revelaram as experiências que tiveram durante a viagem.
Os professores venceram a última edição Prêmio de Educação Científica, realizado em 2017, e conquistaram essa oportunidade de realizar o intercâmbio. Além da viagem e prêmio em dinheiro, as escolas onde eles dão aula, localizadas em Santa Cruz e Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro; Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; e em Bom Jardim, Região Serrana, também receberam alguns equipamentos.
Pela primeira vez viajando para fora do país, o professor Antônio Roberto Petali Júnior, do Ciep 117 – Carlos Drummond de Andrade – Intercultural Brasil-Estados Unidos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, afirmou que o intercâmbio contribuiu em sua carreira profissional e o fez refletir na aplicação de métodos pedagógicos em sala de aula. Ele destacou que poderá, inclusive, compartilhar esses conhecimentos com seus parceiros de trabalho.
Também novato em viagens internacionais, o professor André Gonçalves de Oliveira, do Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, disse que poderá repassar o que viu e o que aprendeu aos seus alunos.
– Vi muita gente falando português, pessoas de outras etnias e um colorido nas ruas que não imaginava que teria na Inglaterra. Em minhas aulas, falo sobre a Revolução Industrial e tive a oportunidade de conhecer o primeiro automóvel fabricado. Ou seja, vou poder falar para os alunos e apresentar imagens deste automóvel, que eu mesmo tirei, e falar sobre minha experiência pessoal – comentou.
Animado após conhecer o sistema educacional da Inglaterra, o professor Fabiano Rapozo de Carvalho, do Colégio Estadual Leonel Azevedo, na Ilha do Governador, disse que algumas práticas pedagógicas que conheceu na “Terra da Rainha” se assemelham com as do Brasil e que pode experimentar em suas aulas. O docente também revelou uma de suas principais emoções durante a viagem.
– Imagina um professor que dá aula de Biologia conhecendo o local onde foram descobertos elementos da tabela periódica? Incrível! Também tive a oportunidade de ver a manuscritos de Darwin, entre outras coisas – informou.
Representante da Região Serrana do Rio de Janeiro, o professor Edevaldo da Silva Oliveira, do Colégio Estadual Doutor Péricles Corrêa da Rocha, localizado no município de Bom Jardim, também voltou do intercâmbio com novas ideias. Nascido e criado em Nova Friburgo, o docente confessou que nunca tinha viajado de avião nem andado de metrô. Ele contou um dos pontos que mais chamou atenção durante visita a uma instituição de ensino inglesa.
– O intercâmbio como um todo foi válido, pois, além de conhecer lugares diferentes e treinar o idioma, vi um método de leitura em uma biblioteca de uma escola que achei interessante, onde o aluno pega um nível mais fácil de leitura e vai avançando. Uma ótima experiência prática – pontuou.
O professor Emerson Queiroz também disse que a viagem foi uma experiência positiva. Ele também fez um diário de bordo contando relatos dos lugares em que visitou, das conversas que teve e descrevendo situações que vivenciou nos dias que permaneceu na Inglaterra.
– A ideia é compartilhar esse conhecimento. Além de agregar valor e experiências na carreira profissional, também realizei um sonho – relembrou.
Sobre o Prêmio
O Prêmio de Educação Científica é uma iniciativa da BG Brasil, subsidiária da Royal Dutch Shell plc., em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) e o British Council, organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. O objetivo é reconhecer, valorizar e estimular o trabalho de professores nas áreas das Ciências e Matemática; disseminar as iniciativas inovadoras e despertar o interesse dos alunos nas práticas científicas e disciplinas afins.
PROJETOS QUE GANHARAM PRÊMIO DE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
CATEGORIA ENSINO MÉDIO
1º lugar
Professor Antônio Roberto Petali Júnior
Ciep 117 – Carlos Drummond de Andrade – Intercultural Brasil-Estados Unidos (Nova Iguaçu)
Projeto: A ciência que educa também transforma. Aplicando o modelo STEM Education para o ensino de valores
Resumo: O ensino através do modelo STEM: transformando nosso ensino de ciências e nosso laboratório.
2º lugar
Professor André Gonçalves de Oliveira
Colégio Estadual Erich Walter Heine (Santa Cruz, Rio de Janeiro)
Projeto: Modelos de cidades sustentáveis na MOBFOG e os avanços das tecnologias aeroespaciais
Resumo: Lançamento de foguetes: uma proposta interdisciplinar para aprendizagem de Física.
3º lugar
Professor Fabiano Rapozo de Carvalho
Colégio Estadual Leonel Azevedo (Ilha do Governador, Rio de Janeiro)
Projeto: Aprendendo Geometria com a pipa tetraédrica de Graham Bell
Resumo: Pipa Tetraédrica: aprendendo geometria plana e espacial através de atividades lúdicas e manipulativas em busca de significado, da generalização de ideias e da investigação Matemática.
CATEGORIA ENSINO FUNDAMENTAL
1º lugar
Professor Edevaldo da Silva Oliveira
Colégio Estadual Doutor Péricles Corrêa da Rocha (Bom Jardim)
Projeto: Os da Silva e os da Selva: o ensino de Ecologia e a preservação da Mata Atlântica
Resumo: Ecologia contextualizada: utilizando o ambiente como sala de aula para estudo da fauna silvestre local.
2º lugar
Professor Emerson de Souza Queiroz
Ciep 394 – Vereador Cândido Augusto Ribeiro Neto (Nova Iguaçu)
Projeto: Uma tacada de mestre: facilitando o ensino da Matemática.
Resumo: Da rua para a escola: jogando a brincadeira de “Taco” para ensinar Matemática, utilizando, também, a tecnologia digital.