O Governo do Amapá contabiliza, atualmente, 26 escolas localizadas em comunidades quilombolas. Juntas, elas atendem mais de 2,7 mil alunos em regiões como Carmo do Maruanum, na zona rural de Macapá. Para aprimorar o ensino oferecido por essas instituições, diretores e coordenadores pedagógicos se reúnem até esta sexta-feira, 19, no 5º Encontro Estadual de Gestores Quilombolas. 

Nos dois dias de programação, os participantes exploram abordagens inovadoras e capazes de promover uma educação mais inclusiva e alinhada às raízes culturais afrodescendentes. Entre os temas abordados, estão a certificação, gestão de recursos, promoção da frequência escolar, adoção de sistemas modulares e melhorias na estrutura física das instituições de ensino.

Um dos participantes é o diretor Valdemir Barbosa, responsável pela gestão da Escola Quilombola Estadual Professor Raimundo Pereira da Silva, em Carmo do Maruanum. Para ele, oportunidades como o encontro possibilitam que o gestor possa compartilhar experiências e dificuldades e, juntos com os colegas, traçar novas estratégias. 

“Para nós, gestores das escolas quilombola, essa troca de informações é importante pelo seguinte fato: aqui compartilhamos conhecimentos, vivências e estratégias. Então, aqui é uma troca de conhecimento cultural de cada comunidade quilombola”, pontua Barbosa. 

O encontro é coordenado pela Secretaria de Estado de Educação (Seed) para fortalecer a educação quilombola, reconhecendo sua importância na preservação da diversidade cultural e no desenvolvimento acadêmico dos estudantes. 

“O encontro não apenas busca promover melhorias imediatas, mas também estabelecer bases sólidas para um futuro educacional mais inclusivo e igualitário no Amapá”, salientou a secretária adjunta de Políticas Educacionais da Seed, Antonia Andrade. 

Para o gerente do Núcleo de Educação Étnico-Racial da Seed, Renê Marques Bruno, outro objetivo é ampliar a aproximação entre as escolas.

“É o momento que o gestor tem poder de fala. Ele fala das suas angústias, do que está precisando e também é um momento de qualificação. O núcleo convida vários setores da Seed que vão tratar de pautas específicas como prestação de conta, currículo, projeto político pedagógico e outras pautas que são pertinentes à educação escolar quilombola”, reforçou o gerente”, avalia.