Governo do Amapá integra comitiva que realiza visita técnica em escolas de educação indígena para retomada de obras paralisadas há 12 anos

Amapá

11.03.2025

Por Joyce Batista

Uma comitiva com representantes do Governo do Amapá, Escritório das Nações Unidas de Serviço para Projetos (Unops) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), viajou na sexta-feira, 7, ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, localizado no município de Serra do Navio, com o objetivo de visitar 10 escolas de educação indígena da região, que receberão investimentos para a conclusão de obras paralisadas há mais de 12 anos.

A viagem seguirá até 19 de março, servindo como um diagnóstico sobre as estruturas há existentes, além de um momento de escuta junto às comunidades locais. Anteriormente, a comitiva, coordenada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), se reuniu com lideranças dos povos Wayana e Apala, que apresentaram suas necessidades na área da educação.

“O nosso foco é acompanhar o FNDE e o Unops no levantamento dessas obras que iniciaram há mais de 12 anos naquela região, para que haja um planejamento de retomada para ofertar infraestrutura em melhores condições de receber as aulas presenciais do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e também do ensino médio”, explica o coordenador de Educação Específica da Seed, Emerson Ramos.

Ao todo, serão visitadas 10 escolas que atendem as aldeias Parapará, Ananapiaré, Itapeky, Maxipurimo, Murei, Tapawuku, Xuxuimene, Kumrumuripahno, Pururé e Arawaká, todas dentro do Parque Montanhas do Tumucumaque. Além disso, ainda haverá visita técnica à Aldeia Kunanã, no município de Oiapoque.

Segundo o especialista em gestão de obras do Unops, Diogo Cavallari, a organização está dando apoio ao FNDE na finalização de obras de até 120 escolas indígenas e quilombolas localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, cujas obras foram iniciadas por meio de parceria entre o FNDE e as secretarias de Educação, mas que ainda não foram concluídas. Ao todo, serão investidos R$ 195 milhões em quatro anos.

“As escolas têm projeto de arquitetura do FNDE, mas, durante o processo de escuta das comunidades, procuramos acolher as demandas e, na medida do possível, trazer isso para a conclusão das unidades. Um exemplo disso é a divisão de salas maiores em menores, pois é comum que as escolas indígenas tenham turmas pequenas para cada série. Outro exemplo é a substituição de materiais de difícil manutenção por outros que são encontrados mais facilmente no território. Assim, podemos adequar melhor o projeto existente às realidades locais”, explica Diogo Cavallari.

Após as visitas técnicas, haverá tratativas como contratação de empresas para a realização dos serviços. A expectativa é de que as obras sejam retomadas ao longo deste ano.

Ação visa investir na conclusão de obras para garantir educação indígena
Foto: Evandro Vilhena/Seed