Governo de Alagoas vai lançar programa de promoção à saúde mental na rede estadual de ensino

Alagoas

27.02.2024

Para ampliar a rede de acolhimento ao estudante da rede estadual de ensino, o Governo de Alagoas se prepara para o lançamento de mais um programa voltado ao fortalecimento da aprendizagem. Denominado 'Coração de Estudante', o programa desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) busca garantir aos alunos todas as condições necessárias à promoção da saúde mental, tendo como foco a educação socioemocional com vistas ao pleno desenvolvimento do aluno. O lançamento está previsto para este mês março.

O atendimento especializado será realizado por meio do Núcleo Estratégico de Acompanhamento Psico Socioassistencial (NEAPSA), instituído por meio de portaria publicada em maio de 2022. O núcleo será formado por 60 psicólogos e 20 assistentes sociais, que atuarão nas regiões das 13 Gerências Especiais de Educação (GEE). Todos os profissionais, inclusive, já iniciaram uma formação que tem como principal objetivo apresentá-los à comunidade escolar.

Por meio do programa, a Seduc promoverá o desenvolvimento das competências socioemocionais de cada indivíduo, com as equipes atuando na execução, apoio e acompanhamento dos atendimentos, que acontecerão por meio de plantões. Eles também vão contribuir para a construção de um plano estratégico por escola, realizando diagnósticos e atividades que possibilitem minimizar os impactos psicosociassistenciais e suas consequências nos processos de ensino e aprendizagem.

 

 

Formação 

A formação dos profissionais que atuarão no Neapsa teve início nesta segunda-feira (26), no Centro de Formação Prof. Ib Gatto Falcão, no Cepa. Na ocasião, as secretárias executivas de Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios, Sueleide Duarte, e de Gestão da Rede Estadual de Ensino, Sandra Vitorino, deram as boas vindas e apresentaram o plano pedagógico que será executado.

Nesse primeiro encontro, os profissionais conheceram a estrutura organizacional da Seduc e do NEAPSA, entendendo suas competências e aspectos jurídicos. Além disso, traçaram o planejamento que norteará as semanas iniciais de atuação e conheceram o material didático que será entregue aos alunos dos ensinos fundamental e médio.

Após o período experimental, eles voltarão ao Cenfor para apresentar feedbacks e, dessa forma, trilhar novas abordagens e métodos. De acordo com Sandra Vitorino, os profissionais não atenderão de maneira clínica, mas farão os diagnósticos que se fizerem necessários. “A partir de março, nós teremos uma forte rede de apoio. Eles estarão nas escolas, acompanhando junto à equipe pedagógica o dia a dia dos estudantes. Contudo, não atenderão de forma clínica, mas farão os encaminhamentos necessários para que as unidades escolares contem com um ambiente verdadeiramente acolhedor”, explica a secretária.

Sueleide Duarte, por sua vez, reforça que a ideia de incluir nas escolas ações de apoio socioemocional surgiu em razão da grande demanda apresentada pelos estudantes. “Na nossa rede, principalmente após a pandemia, identificamos a necessidade de desenvolvermos essas ações, que vão se somar às atividades pedagógicas. Por isso é que só temos a agradecer ao governador Paulo Dantas, por apoiar a iniciativa, e à secretária de Educação, Roseane Vasconcelos, pela sensibilidade para com o tema”, destaca.

Ludmilla Santos é assistente social e atuará em unidades da 5ª Gerência Especial de Educação (GEE), que compreende Arapiraca e municípios circunvizinhos. Ela diz estar empolgada para começar o trabalho.

“A expectativa para fazer parte deste programa é grande, não só por ser um projeto-piloto, mas também por entender a importância do serviço social, aliado à psicologia, dentro do ambiente escolar. É de extrema importância entender o contexto de vida, a situação socioeconômica e a estrutura familiar dos estudantes, para que, dessa forma, possamos garantir o acesso à educação e, acima de tudo, a permanência na escola. A educação pública sempre fez parte da minha vida, e é um prazer voltar a esta esfera, agora como profissional que prestará essa assistência ao estudante”, afirma.

Manuella Nobre e Cecília Calado (sob supervisão) /Ascom Seduc