Bahia
03.05.2024Cerca de 1.900 estudantes e 100 educadores de 17 escolas estaduais participam, nesta sexta-feira (3), do 3° ano do Festival de Invenção e Criatividade (FIC), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. A partir do tema Ancestralidade Maker, a iniciativa realizada pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) oferece um espaço de troca de experiências e conhecimentos, estimulando a produção de ideias e projetos inovadores para o desenvolvimento educacional e social dos estudantes presentes.
O diretor do IAT, Iuri Rubin, enfatiza a importância do FIC na promoção da cultura, da criatividade e da história a partir da conexão entre as tecnologias modernas e os conhecimentos ancestrais. “O festival já faz parte do calendário do IAT e, com esta ação, pretendemos provocar um efeito para que toda a comunidade escolar perceba como é importante termos atividades variadas que encantem os estudantes. Trouxemos este ano os saberes dos nossos povos originários, pois acreditamos que a diferença e a complementaridade das tecnologias geram ainda mais conhecimento”.
Durante o evento, os participantes mergulharam em uma variedade de atividades: desde oficinas de brincos afro, tranças e crochê, até culinária indígena, pintura e técnicas de artesanato ancestral nas oficinas de saberes indígenas. Além disso, foram apresentados trabalhos que buscam integrar a tecnologia ao ambiente escolar.
Entre os projetos apresentados durante, destaque para o Sistema de Monitoramento Facial, pensado e executado por estudantes do 2º e 3º do Colégio Estadual de Aplicação Anísio Teixeira (CEAAT). André Luiz Santos de Jesus, 17 anos, aluno do 2º ano do curso técnico em Informática, expressou seu entusiasmo em expor o seu trabalho no FIC. “Está sendo muito gratificante mostrar o projeto aqui, no IAT. Eu acredito que este sistema vai crescer muito e vai ajudar não só a nossa escola, como outras também”.
O festival reflete o compromisso da SEC em promover práticas educacionais inovadoras e empreendedoras. Ao aproximar o diálogo entre a educação formal e a cultura-maker, o evento inspira novas formas de pensar e agir, capacitando os jovens e educadores a liderar a construção de um futuro mais criativo e sustentável.
Jacy Tupinambá, oficineira do Programa Educa Mais Bahia, no Colégio Estadual Indígena de Amotara, localizado na Aldeia Itapuã, em Ilhéus, compartilha sua alegria em participar do evento. "É uma enorme satisfação vir aqui e trazer os nossos alunos. Eles estão todos encantados com a vinda para Salvador e por estarem participando do festival. Nossa contribuição para o evento é mostrar um pouco dos elementos da nossa cultura, bem como poder promover esta troca de saberes entre os estudantes. Está sendo uma oportunidade única", ressalta.