Os estudantes das escolas estaduais da Bahia protagonizaram, durante toda esta semana, diversos projetos ligados à cultura, à música, às artes e às ciências, alinhando as atividades com o aprendizado obtido em sala de aula. A iniciativa tem o apoio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), por meio do Programa Ciência na Escola, a partir de políticas culturais com a juventude estudantil, tendo a arte e a cultura como componentes essenciais para o processo de ensino e aprendizagem na Educação Básica.

É o caso do Colégio Estadual São Francisco, localizado em Alagoinhas (108 km de Salvador), que promoveu a sua primeira feira literária objetivando uma construção coletiva da área de Linguagens em parceria com as Humanas, voltada à otimização e ampliação das estratégias de letramento. A estudante Fernanda Machado dos Reis, 14 anos, do 8º ano, recitou uma poesia de sua autoria, sedimentando na sua produção distintos saberes construídos em sala de aula. “Escrevi o poema ‘Depois que você se foi’, que relata a passagem de minha infância e da minha fase atual, revelando situações pelas quais passei e que serviram de aprendizado e crescimento. Foi muito importante participar desta feira, estou muito feliz”.

Já no Colégio Estadual David Mendes Pereira, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, foi realizado um sarau cultural, incluindo música, dança, poesia, vídeos e artes plásticas. A estudante Paula Sindi Reis de Souza, 19, 2º ano, participou dançando valsa e tango, desfilando de cosplay e interpretando uma personagem youtuber. “Eu estava sonhando com este projeto, pois gosto de participar de eventos na escola, pois proporciona uma união entre os estudantes e podemos soltar a nossa imaginação e a criar e vivenciar as artes como um todo”, relatou.

Voltados para as ciências, os estudantes do Colégio Estadual Conselheiro Vicente Pacheco de Oliveira, localizado no bairro Dom Avelar, em Salvador, participaram de experiências ligadas à área de Física na sua primeira feira de Ciências da unidade. Com o tema “O mundo da Física”, o aluno uniu teoria e prática, propondo uma dinâmica de aprendizado que evolve o cotidiano de cada aluno. Um dos trabalhos que mais chamaram a atenção foi o do grupo da estudante Monique Helen Cardoso Diogo Silva, 15, do 1º ano, que usou placas solares para propor novas formas de captação de energia. “O professor propôs a ideia e eu e minhas colegas colocamos em prática. Eu nunca tinha visto uma placa solar de perto e tinha muita curiosidade em conhecer, até porque é uma energia gerada de forma natural, que propõe a proteção de nosso planeta com energia limpa”, destacou.

O professor de Física e orientador dos trabalhos, Jorge Portela, falou sobre o empenho dos estudantes e os resultados positivos no aprendizado de todos eles. “O objetivo foi trazer o dia a dia deles para a sala de aula, pois apenas a teoria não é suficiente. Precisamos levá-los à prática para fixar melhor o conteúdo ensinado a eles em sala. Precisamos usar os artifícios do cotidiano a nosso favor no ensino, isso tem surtido efeitos maravilhosos no aprendizado dos estudantes”.