Com a proposta de fazer os estudantes engajarem mais nas atividades de leitura e se desligarem um pouco das redes sociais, a equipe pedagógica da Escola Estadual de Itacajá desenvolveu o projeto denominado Leitura conectada: estudantes interativos, conhecimentos compartilhados. Um projeto de leitura que está colhendo bons resultados, entre eles, aproximar a família da escola. O Dia D da Leitura, 11 de setembro, é uma ação da Secretaria de Estado da Educação com o foco em ampliar a leitura e valorizar as atividades realizadas pelas unidades escolares. 

Entre as ações realizadas, os estudantes leram o livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e após a compreensão do texto, eles realizaram um teatro com a interpretação dos personagens. As atividades do projeto vão até o final do ano.

Marinalva Moreira Rodrigues Lima, professora de Língua Portuguesa, fala com satisfação dos resultados que começam a aparecer. “Embora tenha sido um desafio tornar as atividades escolares tão envolventes quanto o celular e as redes sociais, estamos começando a colher os frutos desse esforço. Após a leitura de Vidas Secas, os alunos recriaram, de forma impressionante, transformaram o chão da escola num cenário do Nordeste. Outro grupo apresentou a vida de Graciliano Ramos, enquanto dois outros grupos representaram duas cenas do livro”, frisou a professora. 

Para apresentar melhor os trabalhos, os estudantes criaram cenários, figurinos, tarefas que ajudaram a desenvolver novas habilidades e convidaram as famílias para assistirem às apresentações. “Essa participação dos pais reforça o impacto positivo do projeto na promoção da leitura e da expressão artística entre os estudantes, transformando o ambiente escolar em um espaço dinâmico e enriquecedor”, contou.

A estudante Isabel Gomes Machado disse que gostou de participar da realização do trabalho. “Eu gostei bastante desse projeto e me despertou um maior interesse pelo autor e pelo livro. E também nos ajudou a melhorar a comunicação, a pensar sobre as formas de apresentar e, com isso, trabalhamos a nossa timidez”, comentou.

A estudante Renata Ferreira Maciel também destacou as aprendizagens. “Ler o livro e interpretar os personagens e situações foi desafiador, principalmente, por termos que entender os sentimentos ressaltados no livro e como transmitiríamos para o público em forma de teatro. Percebemos que o personagem conta a sua história, a sua vivência, o seu dia a dia, mas ao mesmo tempo, há uma crítica sobre as desigualdades sociais, principalmente, nos ambientes de secas no sertão nordestino”.

Evanina Gomes, mãe de estudantes, falou sobre suas percepções. “Eu acompanhei a empolgação de muitos alunos, percebemos um maior interesse pela leitura, e ter uma preocupação para entender o que leu para passar para o público. E os estudantes tiveram a liberdade para escolher a forma de apresentar os seus trabalhos, mostrando talento e criatividade”, enfatizou. 

Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

Joselia de Lima/Governo do Tocantins