Estudantes da EREM Gumercindo Cabral realizam projeto de solidariedade e inclusão

Pernambuco

03.10.2019

Adote um colega e faça a diferença! Esse é o projeto desenvolvido por estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Gumercindo Cabral, localizada no município de Terra Nova, Sertão do estado. A ação foi idealizada pela professora de Língua Portuguesa, Francidalva Xavier como uma experiência educacional solidária e inclusiva que envolve aproximadamente 140 estudantes do ensino médio. 

A ideia do projeto é promover a reciprocidade no cuidado um com o outro, a relação de respeito e acima de tudo o aprimoramento dos conteúdos estudados e o uso das novas tecnologias. O projeto funciona com a ajuda dos que apresentam elevados níveis de aprendizado em adotar um ou mais colegas e com eles desenvolver um trabalho de parceria, auxiliando nas atividades propostas em sala de aula. Os estudantes promovem momentos de estudo, dentro e fora da unidade de ensino, com objetivo de buscar nivelamento escolar de todos, trabalhando com leitura, interpretação e compreensão de texto, além de oralidade e escrita. 

O trabalho dos estudante é acompanhado diariamente pela professora, sendo perceptível a constatação dos resultados através do índice de aprovação de uma unidade bimestral à outra, como também os resultados nos simulados preparatórios para as avaliações externas, como ENEM e SSA. O trabalho teve início em 2018 com a turma do 1º ano do ensino médio e segue até o término do 3º ano, em 2020. “Através do projeto podemos entender a importância que é cuidar do outro, de prestar mais atenção ao outro, e isso é visível através dos resultados quantitativos e qualitativos trazendo reflexo de superação muito significativa na vida de cada um”, fala a professora Francidalva Xavier. 

A estudante Luana Vanessa define o projeto como um suporte para quem precisa. “As dificuldades existem para serem superadas. Minhas palavras são pequenas diante da grandeza dessa ação, sou grata por poder ajudar”, afirmou Luana. Um dos “adotados” por Luana, Francisco Anailton se sente agradecido. “Eu, aos poucos, entendi que devo me esforçar para conseguir alcançar meus objetivos. Foi a partir dessa experiência que eu passei a me dedicar mais às atividades escolares. Sou imensamente grato à professora e de modo todo especial à minha adotante, Luana, pelo apoio, paciência e carinho”, diz. 

Também adotante, Laila Callou, descobriu que com uma ação voluntária como essa não só os adotados cresceram, mas os que adotam também. “O papel de adotante nesse projeto me trouxe muita responsabilidade, isso é inegável, mas, me trouxe também muita autoconfiança. Eu nunca acreditei quando me diziam que quem ensina, também aprende. Depois desse projeto eu vi que isso é realmente possível e que essa ação só agrega cada vez mais conhecimento no processo educativo” pontua a jovem. Já Pedro Lucas, seu adotado, viu no projeto uma oportunidade de crescimento. “Agora me tornei uma pessoa mais confiante e motivada, tenho muito mais vontade de aprender, além de adquirir uma responsabilidade maior com as atividades escolares”, declara.