Alagoas
03.04.2024A rede estadual de ensino foi premiada na edição 2024 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo (Febrace-USP), maior feira de iniciação científica do país. O evento foi realizado na USP, em São Paulo. Na ocasião, o projeto Ecofloor, da Escola Estadual Theotônio Vilela Brandão, de Maceió, trouxe três premiações para o estado: além de ter sido considerado o melhor projeto de Alagoas na feira – Prêmio Destaque da Federação –, arrebatou ainda o Prêmio da Editora da USP (Prêmio EDUSP) e o 4º lugar na categoria Ciências Biológicas.
O projeto, premiado em 2023 em eventos como o Encontro Estudantil da Rede Estadual de Alagoas, a Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Mostra Científica de Inovação, Tecnologia e Engenharia, na Escola Estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa (Mocitepial), de Arapiraca (este último inclusive garantiu seu credenciamento para a feira da USP), foi destaque também em reportagem do Jornal Nacional, na qual os estudantes explicaram como as cascas de sururu da Lagoa Mundaú eram aproveitadas para a fabricação de pisos e cerâmicas.
Orientadora do projeto Ecofloor, a professora Tatiane Omena celebra a conquista. “Participar da Febrace foi uma experiência incrível: eram 216 projetos em exposição e nós conseguimos ser premiados três vezes. Nosso estande foi bastante visitado e nosso projeto foi muito elogiado pelos visitantes. Esperamos que essa premiação incentive ainda mais os jovens a se envolverem em projetos de iniciação científica em suas escolas”, declara.
Para o estudante Feliphe David de Oliveira, a premiação foi a realização de um sonho. “Sempre que ouvíamos o nosso nome, tínhamos um misto de sentimentos. Estávamos na maior feira do Brasil e trazer estas três premiações para nosso estado foi sensacional”, afirma.
Futuras Parcerias
A outra representante da rede estadual no evento, a Escola Estadual Benedita de Castro Lima, também colheu bons frutos com o projeto de produção de papel a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A pesquisa, que faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic Jr), chamou a atenção de pesquisadores da USP. “Pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados da USP, o IEA, ficaram interessados em nossa pesquisa e existe a possibilidade de estreitarmos esse diálogo nos próximos meses. Outra possível parceria será com um professor e fotógrafo paulistano que pretende utilizar nosso papel para impressão fotográfica analógica digital”, adiantou o professor Felipe Rodrigues, orientador do projeto.
Ele também faz um balanço positivo da feira. “Estar em contato com tantos projetos incríveis, capazes de mudar o Brasil, renovou nosso entusiasmo. Além disso, saímos de lá com um saldo positivo, com futuras parcerias que devem virar um projeto de extensão, junto à UFAL e à USP”, contou.
A estudante Bruna Tenório também celebra a participação na feira. “No início, ficamos um pouco nervosos, mas foi bem tranquilo. Trabalhamos por meses neste projeto, fomos bem avaliados e levamos a inovação e a ciência produzidas nas escolas públicas de Alagoas. Além disso, também aprendemos muito com os demais projetos em exposição”, avaliou.
Apoio
Além das escolas Theotônio Vilela Brandão e Benedita de Castro Lima, Alagoas teve cinco projetos selecionados para a feira: completaram a delegação alagoana as equipes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Arapiraca e do Sesi.
Todas as equipes viajaram com o apoio do Governo de Alagoas via Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).
“São projetos com caráter de pesquisa e visão sustentável, pois lidam com resíduos, mais precisamente o bagaço da cana e a casca do sururu. Além disso, foram impulsionados por duas frentes de incentivo à iniciação científica em nosso estado, o Pibic Jr e o programa Professor Mentor. Escolas, professores e estudantes estão de parabéns e, com certeza, representam muito bem Alagoas e a rede estadual de ensino”, observou o superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação, Ricardo Lisboa.
Ana Paula Lins / Ascom Seduc