Tocantins
28.08.2024“É uma novidade para o Tocantins e, principalmente, para as escolas da rede pública de ensino. Estamos prontos para levar mais dessa tecnologia de ponta para nossas comunidades”, destacou o secretário dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Paulo Xerente. Na reunião realizada na manhã desta terça-feira, 27, secretários, diretores e gestores da educação discutiram a respeito da instalação do sistema doméstico de biodigestão mais avançado, eficiente e fácil de usar do mercado em quatro escolas do estado. O encontro ocorreu na Secretaria da Educação do Estado do Tocantins (Seduc), em Palmas. Os biodigestores usam resíduos sólidos, como orgânicos, dejetos e esterco, que são transformados em gás de cozinha e biofertilizantes.
No Tocantins, as escolas localizadas nos municípios de Mateiros, Tocantínia e Chapada da Natividade serão as pioneiras na implementação desse mecanismo, que além de atender às exigências de excelência ambiental do REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), oferecerá uma experiência interdisciplinar aos alunos matriculados à rede pública. Essa iniciativa representa um avanço para o estado, no que diz respeito à educação ambiental e desenvolvimento sustentável das comunidades que serão beneficiadas com os biodigestores.
O secretário de Educação (Seduc), Fábio Vaz, expressou a alegria dessas comunidades serem contempladas por meio da instalação do sistema. “É ancestralidade, educação, sustentabilidade e transversalidade. Aproveito a oportunidade para parabenizar a Sepot por esse trabalho brilhante e pela nossa parceria. Os biodigestores serão bem-vindos nos ambientes escolares e de conhecimento para propagar o uso consciente nas comunidades indígenas e quilombolas”, afirmou.
Avanço nas políticas de educação ambiental
A chegada dos biodigestores às escolas das comunidades indígenas e quilombolas marca o sucesso do Governo do Tocantins em fomentar as iniciativas relacionadas à gestão da educação no estado. A expectativa é de que, juntamente com as instituições e lideranças indígenas e quilombolas, mais conhecimento e sustentabilidade sejam difundidos na comunidade. Para a analista Milene Souza, da Diretoria de Proteção aos Indígenas da Sepot, que esteve à frente da apresentação do sistema doméstico de biodigestão no encontro, para além de um avanço nas políticas educacionais, esse sistema inovador enriquece o debate da trajetória de resíduos sólidos no estado.
A instalação do primeiro biodigestor ocorrerá já na próxima semana, entre os dias 3 e 4 de setembro, no Centro de Ensino Médio Xerente Warã, em Tocantínia. A ação será aberta à comunidade local e líderes, que, acompanhados da HomeBiogas, empresa responsável pela instalação, ainda receberão um treinamento in loco, que auxiliará na utilização e precauções pertinentes ao sistema.
Segue abaixo o cronograma de instalação dos biodigestores e comunidades contempladas:
1ª instalação - RESERVA INDÍGENA XERENTE - Tocantínia - TO
Local da instalação: Centro de Ensino Médio Xerente Warã
Data de instalação: 3 e 4 de setembro
2ª instalação - RESERVA INDÍGENA XERENTE - Tocantínia - TO
Local da instalação: CEMIX - Escola Estadual Skrawe
Data de instalação: 5 a 6 de setembro
3ª instalação - POVOADO MUMBUCA - Mateiros - TO
Local de instalação: Escola Estadual Silvério Ribeiro Matos
Data de instalação: 9 a 12 de setembro
4ª instalação - CHAPADA DA NATIVIDADE - TO
Local de instalação: Colégio Estadual Fulgêncio Nunes
Data de instalação: 13 a 14 de setembro
Mais informações
A HomeBiogas é uma empresa reconhecida na política de geração de energia limpa e sustentável, que está presente em seis continentes, espalhada em mais de 100 países e já atendeu mais de trinta mil consumidores ao redor do mundo. Com uma trajetória sólida, conta com diversas parcerias mundiais, como o Fundo Mundial da Natureza (WWF), a NASA (National Aeronautics and Space Administration), além de prêmios como o Energy Globe Award, World Sustainability Awards em 2022 e Banheiros Mudam Vidas.
O biogás é uma fonte de energia cada vez mais promissora, com diversos benefícios para o meio ambiente e a economia. Produzido a partir da decomposição de matéria orgânica, como restos de alimentos, dejetos animais e resíduos, ele se apresenta como uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Adriely Sousa/Sepot/Governo do Tocantins