Rio Grande do Sul
23.02.2024Equipes da subsecretária de Desenvolvimento da Educação (SubEdu), superintendência da educação profissional e assessoria técnica da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) estão em Salvador, na Bahia, conhecendo práticas pedagógicas e iniciativas em escolas antirracistas. Entre os principais objetivos da missão está a elaboração e o desenvolvimento de um planejamento para que, em 2025, o Estado do RS tenha pelo menos uma escola com proposta política pedagógica e práticas escolares capazes de combater a desigualdade racial e promover a educação de qualidade para todos os estudantes.
O subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, destaca que a proposta da imersão é a busca de inspiração para a construção de uma escola gaúcha com a perspectiva de combater o racismo.
“Nós visitamos ontem uma escola que fica numa região vulnerável aqui de Salvador, chamada Escola Estadual Alberto Valente, que trabalha as positividades da pessoa negra, abordagem multicultural, sempre prevalecendo o protagonismo, a criatividade e as posições de destaque das pessoas negras na sociedade”, explica.
Jerônimo reitera ainda que a equipe participou de uma roda de conversa com a com Bárbara Pinheiro, fundadora da Escola Afro-brasileira Maria Felipa. “Nesta escola, toda a proposta didática é pensada nessa perspectiva de combate ao racismo. Então, nós buscamos entender como ocorreu o planejamento, como esta escola foi pensada, como foi organizada, de que forma este projeto se iniciou, quais elementos foram necessários e todas questões pertinentes para a concretização deste plano de ação. Foi um momento muito rico de troca de ideias, de experiências e compartilhamento de conhecimento”, complementa.
Programa Educação Antirracista
O Programa Educação Antirracista, da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), tem como objetivo inserir a pauta nas escolas e agregar uma série de ações para promover a equidade racial e valorizar a história e a cultura afro-gaúcha na matriz curricular dos estudantes. Outro propósito é dispor de professores da rede estadual de todas as áreas do conhecimento para que utilizem referências africanas e indígenas de forma transversal aos componentes curriculares em sala de aula.
A equipe da Seduc também trabalha na formação do letramento racial, considerando todas as áreas do conhecimento.
Em 2022, foram realizados planejamentos pedagógicos para escolas. Posteriormente, os 30 coordenadores regionais de educação, a equipe pedagógica da Seduc, a Superintendência de Educação Profissional, além de professores, orientadores e supervisores também passaram pelo processo.