Educação participa de apresentação de livro sobre BNCC

Distrito Federal

25.09.2019

No DF, novo Currículo em Movimento está sendo aplicado às unidades de ensino

Com diferentes reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) das primeiras etapas da Educação Básica, foi apresentado, nesta terça-feira (24), na Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o livro “BNCC: Educação Infantil e Ensino Fundamental”. Organizada pelo conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Ivan Cláudio Pereira Siqueira, a obra contém artigos dos membros do CNE sobre os diversos temas que envolvem a educação infantil e o ensino fundamental e as mudanças que foram propostas para as etapas de ensino. Os textos trazem análises críticas que concordam e discordam com o modelo proposto.

Segundo a conselheira Suely Melo de Castro Menezes, que representou a presidência do CNE e é autora de um dos artigos do livro, é fundamental que as mudanças propostas pela BNCC sejam colocadas em prática pelas secretarias de educação, pois hoje, os estudantes vivem a era digital e não é mais possível continuar com os mesmos programas educacionais. “O nosso foco tem de ser o estudante e não o conteúdo. Por isso a importância de inserirmos nos currículos a tecnologia, as competências socioemocionais, o projeto de vida permeando percursos diferentes para seres humanos diferentes”, explica.

O subsecretário de Educação Básica, Helber Vieira, enfatizou que o DF está adiantado em termos de currículo e de desdobramento da BNCC. “Publicamos, no final de 2018, o Currículo em Movimento, já prevendo as novidades da BNCC. Este ano, estamos dando continuidade ao desdobramento dessa ação com dois eixos: capacitação de professores para o novo currículo e formatação de materiais próprios da Secretaria de Educação do DF já preparados com os novos objetivos de aprendizagem”, disse.

Para o presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal, Mário Sérgio Mafra, são três as principais propostas amplamente debatidas nos âmbitos dos conselhos e que, agora, precisam entrar definitivamente nas escolas: “O foco precisa ser na aprendizagem, com a preparação efetiva do docente e formação continuada; precisamos estimular que o livro didático seja elaborado pelos nossos professores para que não sejamos mais dependentes das editoras; temos ainda de acabar com o rankeamento, especialmente no ensino médio, diminuindo a pressão sobre nossos estudantes e fazendo com que eles estudem por prazer e não somente para alçar índices no ENEM ou no PAS/EnB, por exemplo”, enfatizou.

Rossana Gasparini, Ascom/SEEDF