Paraná
11.11.2015Profissionais da Secretaria de Estado da Educação se reuniram nesta
terça-feira (10), em Curitiba, para debater as atividades que serão
promovidas pelas escolas da rede estadual em alusão ao Dia da
Consciência Negra, comemorado oficialmente no próximo dia 20. Durante a
reunião também foi discutida a resolução das Nações Unidas para a Década
Internacional de Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e
desenvolvimento.
A Secretaria da Educação elaborou um cronograma especial com atividades
programadas até 27 de novembro em parceria com especialistas,
pesquisadores, docentes e organizações que trabalham com a questão
afrodescendente. “Este é um momento para discutirmos e refletirmos a
situação dos povos afrodescendentes em nosso País e reconhecermos a
importante contribuição que eles deram a todos os setores da sociedade”,
disse a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres.
Nas escolas estaduais, as atividades comemorativas acontecem entre os
dias 16 e 21. Serão desenvolvidas várias ações pelas equipes
multidisciplinares, incluindo simpósios, seminários, pesquisas e
apresentações culturais de matriz afro-brasileira e africana.
Durante o encontro desta terça-feira (11) houve uma apresentação do
Centro Cultural Humaita, no pátio da Secretaria. Em seguida, no
auditório, técnicos pedagógicos assistiram à palestra “Heroínas
anônimas”, proferida pela especialista em História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana Jane Márcia Madureira, representante do Fórum
Permanente da Educação e Diversidade Étnico Racial (Fpeder).
“Esses encontros são importantes para disseminarmos o trabalho e o
legado do povo negro, principalmente da mulher negra, que está na base
da pirâmide de discriminação”, disse a palestrante.
A reunião marcou também o início dos debates sobre a Década
Internacional de Afrodescendentes, uma iniciativa da ONU que tem como
objetivo promover o respeito, a justiça, a proteção e a garantia dos
direitos humanos aos povos afrodescendentes previstos na Declaração dos
Direitos Humanos das Nações Unidas.
“Novembro é um mês de consciência e não de folclore da nossa cultura. É
período para conhecermos profundamente a história e cultura
afro-brasileira e africana”, frisou o presidente do Centro Cultural
Humaita, Adegmar José da Silva.