Começou nesta segunda-feira o evento "Trajetória de Sucesso Escolar" promovido pela Seed e Unicef

Roraima

09.12.2019

Por Mágida Azulay Khatab 

Fotos: Elinaldo Santos/Secom

A abertura das “Oficinas de Estratégia de Sucesso Escolar”, evento promovido pela Seed (Secretaria de Educação e Desporto) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ocorreu na manhã desta segunda-feira,09 no Palácio da Cultura Nenê Macaggi.

A solenidade contou com a participação da secretária de Educação e Desporto Leila Perussolo, do secretário adjunto de Gestão da Educação Básica Semaias Alexandre, do especialista em Educação de Emergência do Unicef, Ranieri Pontes, da conselheira do CNE (Conselho Nacional de Educação), Suely Melo,gestores escolares, coordenadores pedagógicos e estudantes.

A palestra de abertura foi com a conselheira do CNE (Conselho Nacional de Educação) Suely Melo de Castro Menezes, que abordou o tema “Novos Saberes, Fazeres e Desafios”, trazendo as novas mudanças propostas para o Novo Ensino Médio.

Em todo o Brasil, 7,2 milhões de estudantes estão em situação de distorção idade-série. Em Roraima, são 24.299 alunos e somente na rede estadual de Educação o número chega a 15.805 estudantes.

As oficinas integram um conjunto criado pelo Unicef para trabalhar as quatro etapas da Trajetória de Sucesso Escolar, que é uma estratégia de enfrentamento da distorção idade-série, ou seja, o atraso de dois ou mais anos na vida escolar. As oficinas estão distribuídas em quatro etapas que trabalharão: diagnóstico, planejamento, adesão e desenvolvimento. O foco desta primeira oficina é o diagnóstico.

“A Trajetória de Sucesso Escolar é uma estratégia para o enfrentamento da distorção-idade série. Nós iremos sair daqui com secretaria preparada para ir para as escolas, para trabalhar os dados e fazer a leitura desses dados. O enfrentamento da distorção-idade série é um fenômeno que precisa da participação de vários atores da sociedade, não pode ser só da escola ou da secretaria”, explicou Erondina Silva consultora de Educação do Unicef.

A secretária Leila Perussolo informou que o trabalho que vai ser realizado nas oficinas já vem acontecendo ao longo do ano em parceria com o Unicef na busca ativa de crianças e adolescentes que estão fora da escola e os que estão dentro da escola, mas com a distorção idade-série.

“Buscamos a garantia do acesso educacional, da equidade aos nossos alunos na conclusão da sua escolaridade básica e principalmente da aprendizagem, que é o foco da escola. A escola só existe em razão dos alunos e atender o aluno é atender nas suas especificidades, com a garantia do direito de aprendizagem e de equidade, que deve estar em pauta nas políticas educacionais”, destacou Leila Perussolo.

Os estudantes das escolas que trabalham com as turmas de correção de fluxo também estão participando das discussões sobre o tema. A gestora da Escola Estadual São José que atende 32 alunos em situação de distorção idade-série disse que a escola vem cumprindo o seu papel, garantindo o acesso à educação.

“Correção de fluxo é uma ajuda para esses meninos. Na escola funciona muito bem principalmente porque conseguimos o envolvimento com as famílias. Nós vemos nos olhos dos alunos aquela sensação de vitória, de [Eu vou conseguir]. Ficamos com sensação de dever cumprido da escola”, disse Janete Grutka, gestora da Escola São José.

CORREÇÃO DE FLUXO

Atualmente, 1091 alunos participam do projeto de Correção de Fluxo (aceleração de estudos) distribuídos em 43 turmas em 17 escolas da Capital. São nas turmas de Correção de Fluxo que professores desenvolvem estratégias diferenciadas para auxiliar o aluno a alcançar as competências necessárias para avançar de ano.

Os motivos que causam a distorção idade-série são inúmeros, entre eles, repetência, reprovação, abandono e dificuldades de aprendizagem. Para garantir que crianças e adolescentes tenham uma trajetória de sucesso escolar, a Seed vem investindo em políticas públicas direcionadas e entre as ações, se destaca a parceria com o Unicef.

Os dois dias de oficina vêm para aprimorar o trabalho já desenvolvido na rede, com diversas atividades propostas como palestras com especialistas, estudo de caso, trabalhos em grupo e a realização de mapeamento e diagnóstico. O evento encerra nesta terça-feira, 10.

ASCOM/SEED