Caderno Aprender + é exemplo de uso correto e otimizado de dinheiro público

Iniciativa inovadora

01.09.2017

Outros Estados já manifestaram interesse no material complementar pedagógico Aprender +

Em um cenário de ceticismo na política e de gasto público cada vez mais distante de seu objetivo legítimo, o Caderno de Atividades Aprender + faz jus ao conceito de otimização de recursos, valorizando a função social dos impostos e taxas pagos pela população. Genuinamente goiano, o material desenvolvido pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) é exemplo de utilização correta de recursos públicos para o interesse da sociedade.

Lançado em fevereiro de 2017, o Aprender + é uma ferramenta potencializadora do ensino e da aprendizagem focada na melhoria da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, disciplinas relevantes na escola, no mundo do trabalho e na promoção da cidadania.

O único gasto com a produção dos 474 mil exemplares do Aprender + (sendo 450 mil para estudantes e 24 mil para professores, todos já distribuídos para todo o Estado) foi a impressão, que custou R$ 1,4 milhão. A atividade fim do projeto foi licitada e por ter sido feita em três lotes (três edições para os três primeiros bimestres), o certame pôde ser pleiteado por várias gráficas do Brasil.

“Nossa expectativa, baseada em outros materiais produzidos anteriormente, era gastar R$ 7 milhões, mas o resultado nos surpreendeu e, utilizando a própria estrutura da Secretaria, conseguimos economizar e aplicar recursos onde efetivamente era necessário”, explica o superintendente de Inteligência Pedagógica da Seduce, Marcelo Jerônimo, que, ao lado do superintendente executivo de Educação, Marcos das Neves, orientou o projeto.

Essa economia e otimização de recurso público foi possível graças ao capital humano de qualidade existente na Secretaria. A concepção do projeto, elaboração dos conteúdos, execução das atividades, diagramação do material, ilustrações e várias outras etapas do processo foram desenvolvidas por uma equipe capacitada da própria estrutura pública, dispensando consultorias e valorizando os servidores.

O Aprender + é motivo de orgulho, ressalta a secretária Raquel Teixeira, que projeta o caderno como futuro estudo de caso. “Esse material é fruto de um trabalho coletivo da equipe pedagógica da Seduce, que uniu modernidade, inovação e qualidade. Com baixo custo, conseguimos alcançar uma eficiência financeira e pedagógica sem precedentes. O Aprender + é um caso, que ainda vai ser estudado, de como é possível investir pouco em tanta qualidade para os alunos. Creio que seremos modelo para o Brasil. O próprio Ministério da Educação (MEC) e outros Estados já manifestaram interesse nesse material”, conta Raquel.

O superintendente executivo de Educação, Marcos das Neves, quantifica o investimento. “Nós atingimos diretamente, com esse material, cerca de 200 mil estudantes da rede. Dividindo o valor gasto pelo número de alunos, chegamos a menos de R$ 10. Ou seja, com esse material nós investimos menos de R$ 1 por mês para cada estudante da rede. E esse valor é irrisório diante do objetivo do caderno, que é um instrumento de aprendizagem que atua dentro e fora da sala de aula e que, com certeza, trará retornos incalculáveis”, diz.

Além do Estado

Criado especialmente para atender os alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede estadual de Goiás, a ação pedagógica não se limita ao Estado. O material é disponibilizado gratuitamente às redes municipais e estaduais de outras unidades da Federação.

“O material é de direito público e isso permite uma economicidade não só para nosso Estado, mas para quem quiser aproveitá-lo como recurso complementar. O caderno inclui conhecimentos específicos e expectativas do Currículo Referência do Estado e também da Matriz da Referência do Saeb, podendo ser utilizado por qualquer Estado brasileiro”, ressalta Marcelo Jerônimo.

A economicidade é vista ainda no tempo, uma vez que a utilização do caderno de atividades dispensa a necessidade do professor passar questões no quadro e o aluno ter que copiar. Cada unidade é consumível, ou seja, o estudante pode resolver as questões no próprio exemplar.

“O material é exemplo de racionalidade que usa a própria expertise da rede, coroando como um dos principais exemplos de excelência e equidade, porque leva conhecimento e oportunidade para todos os alunos a um custo baixo e com alta qualidade. O Aprender + faz mais com menos e melhor”, pontua Marcelo.