Alagoas promove o maior investimento da sua história na Educação Pública

Alagoas

04.01.2022

O ano de 2021 foi de muitas conquistas para a Educação Pública de Alagoas. E ficará marcado pelo maior investimento já feito pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc): foi cerca de R$1 bilhão distribuído em mais de dez programas, iniciativas inéditas e pioneiras para a reestruturação do ensino público e que apoiam estudantes e professores.

“Desde 2017, Alagoas tem registrado avanços notáveis nos seus índices educacionais graças a ações como o Programa Escola 10, a parceria fundamental com os municípios e o empenho de nossos professores e estudantes. Agora, nossa intenção é crescermos ainda mais e, por isso, com o empenho do governador Renan Filho fizemos esse investimento histórico na Educação com o lançamento destes dez programas que contemplam desde a parte pedagógica até a infraestrutura, transporte e recursos humanos”, pontuou o secretário de Estado da Educação, Rafael Brito.

Conecta Professor 

Em 2021, uma das iniciativas pioneiras da pasta foi o repasse de R$ 5 mil para os professores da rede estadual adquirirem computadores novos e custearem planos de internet, bem como reembolsar aqueles que compraram equipamentos durante a  vigência do Regime Especial de Atividades Escolares Não Presenciais (REAENP), que durou de abril de 2020 e agosto de 2021.

E além dos professores, outros servidores da Educação, que atuam na Seduc e nas Gerências Regionais de Educação (Geres) também foram beneficiados pelo recurso, o que  possibilitou a não só a compra de computadores e notebooks,  mas também de tablets, fones de ouvido e web câmeras, equipamentos essenciais para a realização, planejamento e organização do ensino remoto nas escolas.

Uma das contempladas pelo programa é a professora e psicopedagoga Juli Moraes, responsável por acompanhar e auxiliar o desenvolvimento de alunos com necessidades especiais na Escola Estadual Teotônio Vilela, em Maceió. A educadora conta que a verba foi fundamental para que ela pudesse melhorar o atendimento da sua turma.

“Durante o início das aulas online eu trabalhava com o meu celular, o que era muito difícil. O Conecta pra mim foi fundamental porque, quando saiu o recurso do programa, pude comprar um notebook, o que me deu melhores condições para trabalhar as atividades com as crianças. E, mesmo após o retorno presencial, tenho um suporte melhor, pois continuo utilizando o notebook para planejar as aulas e acompanhar a evolução da turma”, relatou.

Vem que Dá Tempo

Uma das principais preocupações advindas da pandemia foi a evasão escolar e, para evitar o abandono estudantil, a Seduc empreendeu uma série de ações que vão desde a Busca Ativa – o resgate de alunos que deixaram de frequentar a sala de aula – até o pagamento de benefício do Cartão Escola 10 para aqueles que voltaram às aulas presenciais e tiveram, no mínimo, 80% de frequência.

Mas a Seduc não pensou apenas naqueles que estavam matriculados em suas escolas: para quem havia deixado de estudar há pelo menos dois anos, foi criado o Programa Vem que dá Tempo, o qual oportunizou a certificação da conclusão do ensino fundamental por meio da aprovação em um exame e abriu as portas para a continuidade dos estudos na  Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública estadual. Além disso,  garantiu bolsas de incentivo aos alunos que estão voltando para a sala de aula e também aos professores.

Os professores, responsáveis por promover a busca ativa dos estudantes, ministrar cursos preparatórios e aplicar o exame de certificação são contemplados com bolsas-formação no valor de R$ 1.500 mensais. Já os estudantes recebem uma bonificação de até R$ 500 caso frequentem o curso e sejam aprovados na prova.

Jane Rouse Mendes, professora bolsista do Vem que Dá Tempo pela Escola Estadual Princesa Isabel, atuará como aplicadora do exame de certificação e comenta sobre a iniciativa pioneira no estado.

“Muitas pessoas por diversos motivos deixaram de estudar e essa é uma maneira excelente de recuperar esses alunos. Com esse formato, o programa consegue ofertar aulas de preparação para a prova, o que deve garantir o sucesso de aprovação. Além disso, a bolsa é um incentivo para amparar esses alunos na volta à escola, como um auxílio para comprar materiais escolares, por exemplo”, comentou.

Professor Mentor 

E um dos projetos mais arrojados da educação no país, é, sem dúvida, o Professor Mentor, onde o Estado incentiva a iniciação científica nas escolas. Numa parceria entre a Seduc e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), o programa concedeu 11.400 mil bolsas de pesquisa para professores e alunos, que receberão, respectivamente, R$ 1.500 e R$ 250 mensais, para desenvolver projetos de melhoria de aprendizagem nas suas escolas.

Professora de Inglês e coordenadora do programa na Escola Estadual Profª Irene Garrido, a educadora Tânia Marques afirma que a iniciativa  garante a evolução da Educação.

"Na área de Linguagens, por exemplo, as escolas poderão trabalhar projetos de grande valia para o aprimoramento da leitura e da produção textual dos alunos. Com pesquisa, também oportunizaremos ao estudante um conhecimento mais específico sobre determinado tema ou área, além de apresentá-lo a princípios da cientificidade, fora o que já é aprendido em sala de aula", explicou