COLABORAÇÃO
23.06.2020A reorganização do calendário escolar em Alagoas após a pandemia foi tema de uma Web conferência organizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas (Undime-AL). Participaram da discussão o presidente da Undime-AL, Rubens Araújo, a secretária de Estado da Educação de Alagoas, Laura Souza; a vice coordenadora nacional da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e coordenadora da UNCME-AL, Marly Vidinha. O deputado estadual e presidente da Comissão de Educação da ALE, Marcelo Beltrão. O presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, Mário César Jucá e a presidente da Undime-CE, Luiza Aurélia. A web conferência foi mediada pelo professor Neilton Nunes, técnico na Undime-AL.
Durante a web conferência - que pode ser acessada em: https://youtu.be/PKnvWCWSmog - destacou-se a importância do diálogo, união, e planejamento na decisão da volta às aulas da rede pública. Entre os assuntos, as orientações dadas pelas instituições sanitárias que devem ser observadas durante o planejamento do retorno das aulas, a reorganização do calendário escolar e da carga horária das disciplinas e os métodos que serão tomados para garantir a segurança dentro e no trajeto até o ambiente escolar.
Volta com segurança - Entre as medidas para o retorno na rede estadual de ensino - que ainda não tem data prevista devido aos altos índices de contaminação pelo Coronavírus - está a criação de comitês operacionais com presença de órgãos de controle, de regulamentação e secretarias como saúde e assistência social. Outra medida é a criação de um Núcleo de Saúde Mental e Acolhimento, que atenderá a comunidade escolar no retorno às aulas, visando minimizar os impactos causados pelas perdas de vidas e situação de estresse pós-traumático durante o isolamento social por conta da pandemia.
“Nesse momento, numa situação nova e com os desafios e responsabilidades, é preciso olhar para o lado humano. A Seduc já vem realizando esse trabalho de retorno, todos fomos pegos de surpresa com a interrupção das aulas e nosso objetivo é não perder o vínculo com os alunos e manter aprendizagem com ensino remoto. Junto à Undime e ao Conselho Estadual de Educação vamos pôr a mão na massa para avançar a discussão”, explica a secretária Laura Souza.
A secretária frisou que o retorno às atividades presenciais só acontecerá quando houver segurança e que levará em conta a realidade de cada escola e região. “A decisão de voltar será quando a rede puder ter segurança nas escolas. É preciso ter calma e a volta precisa ser planejada. Para decidir quem volta primeiro, é preciso discutir coletivamente, um trabalho regionalizado e escalonado, cada caso é um caso. Teremos um protocolo que será validado pelas autoridades de saúde, onde consideraremos vários aspectos e a escolas só reabrirão se sentirem que têm condições de cumprir este protocolo”, destaca.
Laura lembrou ainda que será necessário elaborar um plano de contingência também com orientações sobre o que fazer numa possível segunda ondo de suspensão. E que a Seduc também investirá na formação de professores para esta nova realidade de ensino híbrido que deverá se consolidar após o fim da pandemia.
Novo cenário – O presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Mário César Jucá; o deputado estadual Marcelo Beltrão, membro da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e o presidente da Undime- AL, Carlos Rubens Araújo, também ressaltam a importância da união de esforços e de um planejamento coletivo para a volta às aulas presenciais.
“Estamos acompanhando de perto e olhando as possibilidades de retorno. Não há uma solução para o nosso país de uma saída que seja uniforme, é um processo que deve ser estudado, observado. Estamos acompanhando também a situação das escolas particulares, em especial de Educação Infantil. Precisamos construir uma resolução que atenda aos anseios da sociedade alagoana”, avalia Jucá.
“É preciso planejamento e mais momentos de diálogo para discutir essas dificuldades, que não serão poucas, e prever os cenários de retomada. Estado e Municípios deverão estar sincronizados e precisamos criar esses cenários. Essa retomada não é só responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação, demanda a participação de mais atores que proporcionarão segurança desde a ida do aluno para escola, sua estádia em sala de aula e retorno para casa”, propõe o deputado Marcelo Beltrão.
Para Carlos Rubens, a educação não será a mesma quando as aulas presenciais retornarem. “Por isso, é preciso que essa volta aconteça a partir de um planejamento sólido, que apresente todos os diagnósticos, atendendo às realidades de cada município, garanta igualdade de oportunidade e preserve vidas de professores, estudantes e seus familiares”, finaliza.