Aconteceu na tarde desta quarta-feira (26) a segunda audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte para tratar do ciclo de debates que pretende "discutir propostas de melhoria da segurança escolar e de prevenção a ataques contra instituições de ensino, à luz do exame do Projeto de Lei n° 2256, de 2019, que altera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases de Educação – LDB), para dispor sobre normas gerais de segurança escolar".

A Vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e Secretária de Estado da Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, esteve presente no debate para falar sobre a onda crescente de violência nas escolas. "Escola no Brasil é sinônimo de lugar seguro. E quantos de nós já não ouvimos mães dizerem que vão trabalhar em paz porque o filho está na escola, e a escola tem que ser um lugar seguro e de crescimento", destaca ela sobre os ataques serem crescentes e preocupantes. "Depois de um grande trauma na história da humanidade, é comum e acontece da sociedade passar por um período de desestruturação social, econômica e mental. Além da transição pós-pandemia, nós estamos vivendo uma transição impactante também que é a evolução tecnológica", explica a secretária, apontando como exemplo o aumento do cyberbullying pelas redes sociais. 

A secretária do RS também falou sobre as orientações repassadas às escolas, professores, estudantes e famílias. "Nossas orientações passavam pela reafirmação de que não havia suspensão de aula, mantendo a rotina normal e confiando nas forças estabelecidas, até porque o governador havia autorizado o aumento de pessoas trabalhando na patrulha nas escolas", conta. 

Entre os trabalhos desenvolvidos na rede, um deles era com o foco na informação, evitando o compartilhamento de notícias falsas. "Reforçamos a importância da informação e comunicação como elementos decisivos, reforçando a atenção que precisam tomar com as redes sociais e conteúdos que estão acessando. Fizemos um alerta em relação às fakenews e transmitimos uma certa segurança de que qualquer movimento e informação suspeita eles entrassem em contato com a escola", relata Raquel sobre terem desenvolvido também um canal de denúncias para que os diretores pudessem repassar para a segurança pública, além de terem utilizado também o dia 20 como a data de cultura de paz nas escolas. 

Sobre o PL e alterações, a secretária acredita que seja necessário realizar treinamentos com professores para poderem reconhecer sinais de comportamento. "Mas a gente não pode fazer da escola um espaço de desconfiança. Escola é lugar sagrado, é lugar de aprender a conviver. E se nesse momento a gente precisa do incremento, de ronda, patrulha, precisamos também de porteiro nas escolas e vigilância para dar segurança", finaliza Raquel que em nome do Consed é a favor de toda medida que traga segurança e tranquilidade às escolas.