Por Valdeí Balieiro 

A cooperação tem o significado daquilo que cumpre a sua responsabilidade com os demais objetivando um resultado, mas a colaboração também carrega o sentido de se preocupar em entender todo o processo e buscar formas de fazer com o resultado final seja mais do que o esperado. Nesse sentido, o Whorkshop Criança Alfabetizada concluiu a sua programação nesta terça-feira, 18.

O evento debateu o fortalecimento da colaboração e os desdobramentos para garantir a alfabetização das crianças na idade certa. A iniciativa aconteceu de forma on-line e contou com a participação das secretarias municipais de educação, além de formadores do programa Criança Alfabetizada, desenvolvido pelo Governo do Amapá.

Para um dos palestrantes do dia, Fernando Luiz Abrucio, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, a alfabetização das crianças na idade certa depende também da colaboração entre todos os atores do processo educacional.

“Precisamos ter uma visão mais sistêmica para proporcionar uma educação de qualidade para nossas crianças. O processo de alfabetização é uma porta de entrada no processo escolar dessas crianças e elas dependem de um conjunto de políticas públicas para que as escolas possam alfabetizá-las. Portanto, é preciso mostrar que, desse ponto de vista, a colaboração é importante. E essa colaboração deve ser entre o Poder Público e a escola, entre a escola e a família e entre a escola e a comunidade”, pontuou Abrucio.

Vice-governadora do Estado do Ceará, professora Maria Izolda Cela (PDT) foi uma das palestrantes do workshop. Segundo ela, definir estratégias e trabalhar pontos principais do processo educacional é fundamental.

“Temos muito chão para deixarmos as escolas prontas paras os estudantes, mas quando debatemos temas como esse e definimos estratégias, estamos no caminho certo. Temos alguns pontos que precisam ser colocados em ação como a decisão política, estruturas funcionais, agenda e a operacionalização, o monitoramento e a avaliação e incentivos e reconhecimentos. Todos são importantes nesse processo. E esse trabalho realizado com os municípios é ainda mais essencial, porque mesmo com a troca de gestão, não há a descontinuidade do processo na educação”, concluiu Izolda Cela.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), os dois dias de encontros serviram para trabalhar e promover a garantia da equidade da alfabetização e avançar no Sistema Nacional de Educação (SNE), uma articulação colaborativa dos sistemas de ensino dos entes federados.

“Estamos experimentando todas as consultorias dos parceiros e nos espelhando no que acontece na educação do Ceará. Certamente estamos no caminho certo. A pandemia mostrou que temos que garantir as avaliações e trabalhos na educação do Amapá. Por isso, reafirmo o nosso compromisso com os 16 municípios para que, juntos, possamos desenvolver competências de lideranças e qualidade na educação”, completou Goreth Sousa, secretaria de educação do Estado.