BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR-BNCC
09.12.2020A partir do próximo ano letivo, os estudantes da 1ª série do Ensino Médio poderão optar por um itinerário de formação técnica integrada, garantindo a certificação em cursos técnicos de Administração, Informática ou Química. A novidade corresponde à adaptação do currículo ao Novo Ensino Médio, regulamentado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pela Lei nº 13.415/2017.
De acordo com esses documentos, o currículo do novo Ensino Médio deve integrar a formação geral básica, seguindo as competências e habilidades das áreas de conhecimento previstas na BNCC; e os itinerários formativos, correspondentes a unidades curriculares que permitam aos estudantes a preparação para a continuidade dos estudos ou para o mundo do trabalho.
Para os alunos da 1ª série, está prevista uma carga horária composta por 1.800 horas de aula da base (componentes curriculares obrigatórios e comuns a todos os estudantes) e 1.200 horas da parte flexível do currículo (componentes curriculares optativos oferecidos pela unidade escolar e escolhidos pelos alunos).
Visando atender a essa demanda, serão criadas no próximo ano letivo 48 turmas de Ensino Médio Técnico Integrado, com capacidade máxima de 30 alunos em cada. Essas turmas serão distribuídas entre todas as 40 Coordenações Regionais de Educação (CRE), que ficarão responsáveis por organizar as demandas dos estudantes que optarem por esse itinerário formativo.
Formação de professores
De acordo com a superintendente de Ensino Médio da Seduc, Osvany Gundim, a partir de janeiro de 2021, os professores responsáveis por ministrar os cursos de Administração, Informática e Química devem passar por uma semana de formação para se adequarem às exigências do currículo.
Neste primeiro momento, a intenção é que as turmas funcionem como um projeto piloto para que, no futuro, sejam realizadas as alterações e ampliado o número de vagas, onde houver a necessidade.
A superintendente de Ensino Médio ressalta que a oferta dos cursos técnicos representa a oportunidade de os estudantes garantirem a conclusão do Ensino Médio aliada à certificação em um curso técnico profissionalizante, o que contribui para agilizar a inserção no mercado de trabalho. “A participação nesses cursos não é obrigatória. Participar ou não dependerá da escolha do estudante que, inclusive, poderá cursar esse itinerário de formação técnica integrada em outra escola”, conclui.