A estudante Fernanda Barbosa Carneiro, da Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, de Palmas, conquistou medalha de prata na etapa regional/Norte, na I Olimpíada Nacional de Filosofia (Onfil); a estudante Yasmin Monteiro de Carvalho, de uma escola privada, alcançou a medalha de bronze; e Ádilla Valéria dos Santos Silva, do Colégio Cívico-Militar Santa Rita de Cássia, ficou com Menção Honrosa. Essas três estudantes foram classificadas para a etapa nacional, que foi realizada no período de 17 a 20 de outubro, na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Essa olimpíada foi idealizada pelos professores Gustavo Coelho e Mitieli Seixas e tem como instituição promotora a Universidade Federal de Santa Maria, em parceria com outras instituições brasileiras. Esses estudantes tiveram que elaborar um ensaio filosófico.

O papel do professor orientador na olimpíada 

A professora Aline Aquino Alves, de Filosofia, foi a orientadora da estudante Fernanda e fala sobre o processo de preparação. “Essa foi a primeira vez que tivemos uma olimpíada nacional de Filosofia, antes só existia a olimpíada internacional. Nessa competição, um dos critérios é que só poderia inscrever dois alunos. Então, procuramos na escola quem teria interesse de participar da Onfil, e vários estudantes mostraram vontade de se inscrever. Nós tivemos que fazer uma seleção na escola, junto à área de Ciências Humanas e, durante o processo, a estudante Fernanda foi uma das classificadas. E no decorrer da olimpíada, ela se destacou e alcançou o segundo lugar na etapa regional”, explicou. 

“O Tocantins contou com 16 inscritos. E antes da etapa regional, um mês de antecedência, priorizamos os estudos mais específicos sobre as obras e conhecer as estruturas dos ensaios filosóficos”, enfatizou a professora Aline.

A estudante Fernanda participou da etapa nacional realizada na Universidade Federal Santa Maria e adquiriu uma significativa experiência. “Eu me lancei nesse desafio sem imaginar que eu conseguiria ser medalhista. Foi uma alegria e uma honra para mim, dentre tantos estudantes inteligentíssimos, merecer essa medalha de prata e poder representar minha região e meu estado. Essa conquista foi algo muito significativo em minha vida”, contou.

Fernanda participou da etapa nacional da olimpíada em Santa Maria e fala sobre suas aprendizagens. “Eu me preparei para essa viagem. Nesse processo, a professora Aline foi fundamental porque ela me acompanhou nos estudos e me motivou a gostar da Filosofia. Participar do encontro presencial da etapa nacional representou uma experiência única e indescritível. As aprendizagens, a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do país foi tão enriquecedora para a vida, que valeu mais do que cem medalhas”, comentou.

A estudante Fernanda teve um excelente desempenho na olimpíada e na vida, antes de concluir o ensino médio. Ela foi aprovada no curso de Direito, da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e, atualmente, faz graduação. 

A estudante Fernanda deixa uma mensagem para outros estudantes que aproveitem para participar das olimpíadas escolares, que são oportunidades para serem ouvidos, construírem novas experiências e terem novas aprendizagens para a formação na vida pessoal e profissional”, frisou.

E como forma de valorizar o trabalho do professor orientador e o esforço da aluna, a escola organizou um momento para a premiação. 

A experiência no CCM Santa Rita 

O professor Pedro Ferreira Nunes, de Filosofia do Colégio Cívico-Militar Santa Rita de Cássia, também compartilhou a experiência com os dois estudantes que se inscreveram na olimpíada. 

“Eu percebi um potencial na estudante Ádilla, da 1ª série do ensino médio, que estava iniciando os estudos sobre Filosofia. Começamos a trabalhar o raciocínio lógico aristotélico e a estudar os ensaios filosóficos. O meu objetivo era que os estudantes compreendessem a lógica e exercitassem a construção dos textos filosóficos e essa foi uma boa estratégia porque tivemos bons resultados. O aluno Gabriel não foi premiado, mas obteve um bom desempenho”, esclareceu Pedro. 

O professor contou que é um incentivador das olimpíadas escolares. “Essas competições representam uma oportunidade de crescimento, de vivenciar situações, de conhecer pessoas e de desenvolver um nível de conhecimento mais profundo”, frisou. 

A estudante Ádilla, 16 anos, falou de sua alegria com a conquista. “Eu fiquei muito contente. Para mim foi um resultado inesperado e significou muito. No decorrer da preparação, eu estudei bastante sobre a vida e os escritos dos filósofos, isso me ajudou a gostar da Filosofia”, ressaltou. 

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

Joselia de Lima/Governo do Tocantins