A rede estadual de Santa Catarina teve três estudantes que conquistaram medalhas na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP). Uma aluna de Navegantes e dois de Maravilha comemoram as medalhas de bronze na premiação realizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), que contou com cerca de 300 mil inscritos de todo país.

Estudante da 2ª série do Ensino Médio da EEB João XXIII, em Maravilha, Guilherme Ivo Ahlert Kank, sempre gostou de participar de olimpíadas, tanto que já ganhou medalha de prata na edição de Matemática no ano passado, quando estava no 1º ano: “Esse resultado mostrou que o esforço valeu a pena, ainda mais com o ensino remoto e híbrido na pandemia”. Ele pediu emprestado um livro de física ao professor para se aprofundar nos estudos em casa.

Daniel Cauan Gonçalves agora está na 3ª série, mas fez a prova quando estava na 2ª da mesma escola. “Foi um resultado satisfatório, apesar de inesperado. Num ano atípico, além do apoio do professor, foi necessário buscar conhecimento fora, na internet, estudando livros e artigos”, destaca.

Professor realizou oficinas extraclasse

O professor de Física de ambos, Sandro Rogério Bagnara, desenvolve atividades de estudo preparatórias para alunos participarem da Olimpíada por meio de oficinas pedagógicas extraclasse. Em virtude da pandemia essas atividades não ocorreram e só retornaram no segundo semestre de 2021. “Foram momentos de estudo e valorização do saber científico, além de troca de experiências, leituras e discussões”. Ele destaca a felicidade de toda a comunidade escolar pelo resultado obtido pelos dois alunos. “Ambos se destacaram na resolução dos problemas propostos e demonstram que o querer, o buscar, o conhecer abrem portas e permitem um crescimento intelectual”, pontua.

O convite para fazer parte da oficina de física foi realizado para todos os alunos do Ensino Médio, sendo que 12 estudantes da unidade se prontificaram a participar dos encontros preparatórios e da fase local da olimpíada. Na primeira fase da OBFEP, cinco obtiveram nota suficiente para participar da segunda fase, de âmbito regional.

Aluna motivada 

A estudante Marina de Jesus Zanchin, do 9º ano da EEB Prof. Daniela Pereira, em Navegantes, não tinha grandes expectativas para a prova, pois estudou por conta própria durante a pandemia. Além de receber dicas do professor da escola, ela assistiu a videoaulas e leu um livro de física mecânica que pegou emprestado da biblioteca da unidade: “Apesar das dificuldades fiquei realmente feliz e inspirada com essa conquista e vou tentar este ano também”.

Como funciona a prova:

Em cada fase os alunos participantes da OBFEP serão divididos em três níveis, de acordo com o seu grau de escolaridade:
Nível A– alunos matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental, no ano letivo da realização das provas;
Nível B– alunos matriculados na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio;
Nível C– alunos matriculados na 3ª série e 4ª série (onde houver).

A prova da 1ª Fase contém questões de múltipla escolha e foi realizada nos dias 21 e 22 de setembro, pela própria escola. A aplicação da prova teve duração de três horas.

A prova da 2ª Fase consta de questões teóricas e pode ter uma parte prática; essa prova foi realizadas no dia 04 de dezembro, com duração de quatro horas. As questões teóricas e experimentais serão discursivas e específicas para cada nível.

Saiba mais:
A Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) visa a valorização da escola pública, a melhoria do ensino e estudo das ciências, propiciando ao estudante uma forma de avaliar sua aptidão e seu interesse pela Ciência, em geral, e pela Física em particular.
Podem participar da OBFEP estudantes de escolas públicas municipais, estaduais e federais em que houver pelo menos um professor responsável.