Tocantinenses quebram três recordes nacionais nas Paralimpíadas Escolares 2019

Tocantins

22.11.2019

Núbia Daiana Mota/Governo do Tocantins

Além de ter conquistado 28 medalhas nos dois primeiros dias das Paralimpíadas Escolares 2019, dois atletas do Tocantins quebraram recordes na competição que acontece até sexta-feira, 22, em São Paulo, com a participação de mais de 1200 estudantes de todo o Brasil.

Aline Jordânia Carvalho, estreante no evento, foi destaque nacional no arremesso de peso ao fazer um lançamento de 4,13 metros. O recorde anterior na prova, 3,83, foi da também Tocantinense, Irla Maria, no ano de 2018. "Nem estou acreditando. É muita emoção na minha primeira prova já ganhar o ouro e ainda ser recordista. Estou muito empolgada e feliz", destacou, extasiada.

A adolescente de 14 anos, nasceu com nanisno e é aluna da Escola Estadual Machado de Assis, de Araguanã. Ela revela que antes das Paralimpíadas não havia conhecido ninguém com a mesma deficiência. "Achei muito legal, porque na minha cidade só tem eu assim. Estou fazendo muitas amizades", contou.

Superação

Já o veterano Luiz Fernando Pereira, de 16 anos, quebrou dois recordes: no lançamento de dardo, com a marca de 18,88 metros, e no arremesso de peso, com 5,87 metros. O mais interessante é que os recordes anteriores são do próprio Luiz Fernando, realizados nas Paralimpíadas de 2018.

Luiz Fernando tem paralisia cerebral e é aluno da Escola Estadual Maria dos Reis, de Palmas. A superação e vitórias na vida do jovem atleta são uma constante, desde o nascimento. "A história do Luiz é de muita luta e inspiradora. Ele foi abandonado no lixo e adotado por uma família carente, mas que sempre o apoiou e o incentivou. Vê-lo se superar a cada ano é motivo de muito orgulho para os familiares, amigos e para os tocantinenses", relatou a técnica de desporto do Tocantins, Keila Cristine Gonçalves.

Paralimpíadas

As Paralimpíadas Escolares são realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e têm como objetivo estimular a participação dos estudantes com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas. Criada em 2009, o evento já revelou grandes paratletas profissionais como o velocista Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m; o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; e a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016.