Teleaulas na TV Justiça completam um mês

Distrito Federal

06.05.2020

Aulas pela TV mostram que o ensino mediado tem futuro promissor na rede pública

Nesta quarta-feira, 6/5, a programação educativa na TV Justiça produzida pela Secretaria de Educação completa um mês no ar, com foco em manter o engajamento, o vínculo e o interesse dos estudantes pelas escolas. Até aqui, foram 60 horas de teleaulas, produzidas por um corpo permanente de 70 profissionais com o apoio de mais de 300 professores. Esta foi a primeira ação do programa Escola em Casa DF, que depois lançou a Google Sala de Aula. Em breve, a Secretaria vai ofertar pacote de dados para o uso exclusivo da plataforma.

Em apenas 15 dias, a Secretaria planejou e executou o projeto de colocar a programação no ar, voltada a todas as etapas e modalidades de ensino mediado por tecnologia. Poucos dias depois da primeira transmissão pela TV Justiça, as TVs União e Gênesis se uniram ao esforço de ofertar as teleaulas. O início foi difícil. A Secretaria nunca havia ofertado teleaulas. Os profissionais aprenderam fazendo e as teleaulas estão melhores a cada dia.

O futuro chegou

“Nada mais será como antes depois da pandemia, que definitivamente nos obrigou a encarar o futuro e o futuro exige que utilizemos as metodologias do século 21”, afirma o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, acrescentando que mesmo após a retomada das aulas presenciais a Secretaria manterá em funcionamento o Escola em Casa DF.

“É unânime o entendimento de que a escola não acompanhou a evolução tecnológica, de que nossos filhos aprendem da mesma maneira que nossos avós e olhem que eu também sou avô”, completou Ferraz.

Assim que a iniciativa foi lançada, novos parceiros se propuseram a contribuir. Além das TVs União e Gênesis, o Sebrae entrou na parceria, colocando seu estúdio à disposição. Até então, para as primeiras teleaulas, os professores gravaram em suas casas, em condições longe das ideais, em prol dos estudantes.

E se gravar uma teleaula em casa já é um desafio, imaginem dar a aula ao vivo, como estão fazendo os professores do Ensino Médio às terças e quintas-feiras pela manhã, motivados pela vontade de ajudar os estudantes que se preparam para as provas do PAS, do Enem e dos vestibulares.

TV Justiça passa segurança

A professora Lucélia Xavier de Aguiar Leite, que dá aula de Língua Portuguesa no CED 04, de Sobradinho, fez sua estreia nesta terça-feira (5/5). Pensou que ficaria nervosa, mas conta que a equipe da TV Justiça ajudou muito, passou segurança, e, na hora, ficou muito tranquila. Temporária na rede, ela já tem nove anos de experiência com Educação a Distância no ensino superior. Na Educação Básica, nunca havia trabalhado remotamente, mas gostou bastante da novidade e do próprio aprendizado.

“É uma nova roupagem que a gente tem que vestir, que a gente tem que abraçar. O aprendizado que tiro disto tudo é que precisamos nos reinventar todos os dias e também precisamos estar preparados para a mudança de coração aberto. A profissão que escolhi transforma vidas. Surge um novo tempo, mas, mesmo usando novas tecnologias, devemos levá-las ao estudante com amor, para que ele também o receba, mesmo a distância”, diz a professora que acredita em uma mudança, quando as aulas presenciais retornarem.

Talita dos Santos Silva, de 16 anos, é uma das alunas da professora Lucélia. Cursando a 2ª série do Ensino Médio, já fez a primeira etapa do PAS-UnB e sonha cursar Medicina. “Nada substitui a sala de aula, o contato direto com colegas e professores, mas as aulas pela televisão e pela plataforma ajudam a nos prepararmos e também vão melhorar o ensino no retorno. O Google Sala de Aula também é excelente, mas fico preocupada com quem não tem acesso pela internet e, por isso, é importante que a Secretaria tenha colocado aulas pela televisão, porque todo mundo pode assistir”, conta a adolescente. Por enquanto, além das teleaulas, também usa a plataforma, mas só baixa as apostilas, enquanto espera pelo pacote de dados que a Secretaria está em vias de ofertar.

Sobre a preocupação da jovem, João Pedro Ferraz adianta que, em breve, haverá solução. “A Secretaria de Educação irá disponibilizar pacotes de dados gratuitos para uso da plataforma. Quem não tiver internet em sua região, receberá o material impresso. Ninguém ficará para trás. É uma situação inusitada e estamos trabalhando dia e noite para que cada estudante tenha a atenção que merece ser dada pelo Estado. Corremos contra o tempo.”

Como assistir:

Das 9h às 12h• Pela TV Justiça (digital – canais 53.1 e 53.2; Ponto Jus), NET/Claro TV – canal 26, e TVA – canal 222)

• Pelo YouTube da TV Justiça

• Pelo Twitter da TV Justiça

• Pelo canal da Rede Gênesis em Brasília (digital – canal 30.1)

Das 13h às 16h• Reprise no canal aberto da TV União (digital – canal 11.1)
A qualquer tempo• A programação pode ser assistida no YouTube, pelo canal Escola em Casa DF, da Secretaria de Educação
 Diariamente a programação é divulgada no site da Secretaria de Educação

______
Matérias relacionadas:

→ Ensino mediado pela Internet veio para ficar

→ Em dois dias, mais de 50% dos estudantes do ensino médio já acessaram o Google Sala de Aula

→ Plano vai oferecer volta às aulas gradual e segura

→ Estudantes do Ensino Médio começam a usar Google Sala de Aula na quarta-feira (22/4)

→ Abertas inscrições da formação do Google Sala de Aula para professores de Ensino Médio

→ Formação de professores para uso do Google Sala de Aula começa nesta semana

→ Ensino mediado pela Internet começa com Google Sala de Aula

→ Educação transmite aulas pela TV União

→ TV Justiça transmite os aulões de preparação para o PAS e o Enem

→ Nesta segunda, Secretaria de Educação estreia na TV. Estudantes, participem !!!

→ Eape retoma formação continuada pela TV Justiça

94% dos estudantes da rede pública têm acesso à Internet

→ Secretário convida professores a colaborarem com conteúdos para a TV

→ TV Justiça começa a transmitir teleaulas na próxima segunda-feira

→ TV Justiça e internet devem ajudar na reposição das aulas

→ Conselho de Educação do DF aprova educação mediada por tecnologia

Da Redação, Ascom/SEEDF