Taça das Favelas é lançado no Palácio do Campo das Princesas

Pernambuco

11.03.2020

A Central Única das Favelas (Cufa) e a Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, com apoio da Secretaria de Educação e Esportes do Estado, lançaram na tarde desta terça-feira (10), no Palácio do Campo das Princesas, a Taça das Favelas, que reunirá práticas esportivas, competição amadora e integração entre as comunidades. No estado, o foco da ação será na prevenção social e inclusão. As inscrições podem ser realizadas por aplicativo disponível para android e IOS e através do site www.tacadasfavelas.com.br .

A competição tem como objetivo a promoção da inclusão através do esportes, influenciando positivamente a realidade dos adolescentes e jovens pernambucanos. O lançamento contou com a presença do governador do Estado, Paulo Câmara, do secretário de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, de representantes da Cufa, além de esportistas como Carlinhos Bala e Maria Eduarda, a Duda da seleção feminina do São Paulo. 

“Quando promovemos uma ação como essa, que vai mobilizar tantos jovens, pensamos em trazer quem conhece, trazendo a Cufa para dentro das nossas políticas e vamos fazer essa taça das favelas se destacar assim como tudo que realizamos em Pernambuco, seja em número de inscrições, seja no engajamento dos nossos jovens nas ações de cidadania. Queremos mostrar que é possível alcançar sonhos através do esporte, sair de vidas de dificuldades e serem ídolos do esporte, referências nacionais. Queremos educação, cultura e esportes juntos pela cidadania com o apoio de todos”, declarou Paulo Câmara. 

A primeira edição do Taça das Favelas foi realizada em 2002, com participação de mais de 100 mil jovens. O torneio já lançou novos talentos para o futebol, como Erick Brendon, ex jogador do América, que disputou o torneio em 2012 representando o Complexo do Alemão, no Rio, e hoje defende o padrão sueco IFK Varnamo. Este ano dez estados aderiram à competição, que começa na fase das peneiras, nas comunidades, depois são montadas as chaves por sorteio, as fases de grupos, quartas de final, semifinal e a grande final que será realizada na Arena Pernambuco. 

Para o coordenador da CUFA Global, Preto Zezé, a Taça das Favelas é um grande movimento de mobilização social através do esporte. “As favelas não precisam jogar na Cufa para jogar bola, o futebol na verdade é a linguagem pra gente conduzir uma série de outras atividades inclusivas, principalmente tirar os jovens e colocar nos cadernos de entretenimento, de cultura e desenvolvimento. Então é preciso entender que a sociedade civil precisa construir uma série de ações em parceria com o governo e com o setor privado e a taça das favelas é esse grande movimento”, pontua Preto. 

Para o secretário de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, esse é um momento de celebração. “Estamos lançando hoje a primeira fase dessa ideia, estamos todos mobilizados para que seja um sucesso, para que tenha o maior número de times inscritos. Não é só um campeonato, mas também várias ações de cidadania. É o governo presente, o Compaz e um tanto de outras ações que, convergentes, criam uma nova história, com presença forte da cultura”, fala o secretário. 

Paralelo ao torneio vão ocorrer ações de cidadania na comunidade. A iniciativa é parte do Programa Governo Presente e reúne serviços públicos e privados, além de exame preventivos de saúde e difusão de direitos para o cidadão. Já o Programa Juventude Presente vai oferecer aos atletas amadores inscritos no torneio um curso de qualificação profissional e atividade de prevenção à violência. Os cursos são nas áreas de introdução a informática, técnicas de vendas, noções de administração, entre outros.