Pernambuco
29.08.2019Para passar de fase, Juca precisa driblar buracos, enfrentar solos desnivelados e outros obstáculos. Tudo isso de cadeira de rodas. Quantos “Jucas” não passam por isso diariamente na vida real? Foi pensando em abordar esta temática em sala de aula que William Oliveira, professor de história e filosofia da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Arquipélago Fernando de Noronha, criou o game Super Juca.
Ausência de acessibilidade, discriminação e a falta de acesso aos direitos previstos em lei foram os temas abordados no jogo. Nele, os estudantes vivenciam as dificuldades encontradas no dia a dia de uma pessoa com deficiência em seu cotidiano. O Super Juca traz o Luca, personagem cadeirante criado pelo Maurício de Sousa, e obstáculos que precisam ser vencidos. Bem semelhante ao estilo de Super Mario Bros, jogo clássico do console Super Nintendo.
O jogo foi criado por William, na plataforma Construct 2’, com o objetivo de ser um recurso pedagógico, assim como textos e slides. “Quando você fala em jogos ou qualquer processo que traga as caraterísticas da gamificação para o processo de ensino-aprendizagem, os jovens adoram. De forma prática e lúdica os estudantes puderam visualizar situações no jogo, e formar um entendimento sobre as dificuldades das pessoas com deficiências por meio de debates realizados em paralelo”, explicou o professor.
“Super Juca cria uma dinâmica própria do universo dos estudantes atuais. As novas gerações estão cada vez mais assimilando as linguagens digitais como parte do seu cotidiano. Os alunos demonstraram muita disposição e concentração na resolução da atividade proposta, e em todas as outras desenvolvidas que tinha relação com o jogo”, contou.
Inovação e Tecnologia - Este não foi o primeiro jogo criado pelo professor William. O educador já trabalhou temas da disciplina de história em sala de aula através de “Liberdade e Escravidão” e “Feudo”. “Dentro do possível, tempo e recursos, busco sempre dinamizar minhas aulas”, pontuou.