Sergipe
16.12.2021O ano letivo de 2022 começará com novidades para 14 escolas estaduais de Sergipe. É que elas passarão a ofertar o ensino médio em tempo integral. Na rede estadual, o movimento de adesão ocorre por meio de deliberação entre a comunidade, seguido de votação do Conselho Escolar, cuja decisão é registrada em ata. O colegiado reúne todos os seus representantes, entre os quais alunos, professores, gestores e demais servidores, para discutir a implantação do modelo de forma democrática.
As novas escolas de EMTI são: Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto (Aracaju); Colégio Estadual Leonardo Gomes (Cristinápolis); Colégio Estadual Dr. Jessé Fontes (Pedrinhas); Colégio Estadual Manuel Bonfim (Arauá); Colégio Estadual Joaldo Vieira Barbosa (Salgado); Colégio Estadual Dr. Augusto César Leite (Itabaiana); Colégio Estadual Emeliano Ribeiro (São Domingos); Colégio Estadual Professora Maria da Conceição Santana (General Maynard); Colégio Estadual Mathias Barroso (Santana do São Francisco); Colégio Estadual Dr. Jessé Trindade (Ilha das Flores); Colégio Estadual Almirante Tamandaré (Nossa Senhora de Lourdes); Colégio Estadual Poeta José Sampaio (Nossa Senhora do Socorro); Colégio Estadual Prof. Gentil Tavares da Mota (Frei Paulo); e o Colégio Estadual Quilombola 27 de Maio (Porto da Folha).
Para o secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, além de dar cumprimento a uma meta do Plano Nacional de Educação, reafirmada no Plano Estadual de Educação, “a expansão para novas unidades permitirá a um percentual maior de nossos jovens estudantes o ingresso em um processo educacional integral”, frisou ele, reforçando que a implantação do ensino médio integral tem ocorrido de forma gradativa. "Ou seja, nas escolas que fazem a adesão, a cada ano se implanta uma série da modalidade, até completar o ciclo em três anos. Dessa forma é possível, por alguns anos, a convivência na mesma escola de modalidades e turnos de funcionamento distintos”, completou o secretário de Estado ao acrescentar que a modalidade de ensino melhorou o Ideb do Estado e aumentou a aprovação no Enem.
Segundo a coordenadora geral do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (Ngeti), professora Mônica Rodrigues, as escolas que aderiram ao EMTI já estão recebendo material didático. Além disso, ela informou que está sendo realizada a análise para a oferta de turmas nas escolas. “Algumas unidades terão duas turmas, outras quatro, isso dependerá da demanda da unidade escolar, e para definir isso, estamos fazendo levantamentos e estudos juntamente com as diretorias regionais de educação. Nossa meta é atingir 20 mil alunos no próximo ano”, disse. Ela ainda acrescenta que, inicialmente, as escolas serão fomentadas com recursos do Governo do Estado.
O ensino médio em tempo integral oferece uma jornada de aulas com um currículo diferenciado, no qual não existe mais a divisão entre turno da manhã e turno da tarde. O turno é único e a programação é distribuída ao longo do dia. Os estudantes são incentivados a tomar decisões, descobrir o que querem fazer, planejar o futuro e compartilhar as responsabilidades com os outros colegas. Para além das disciplinas da base curricular – como Língua Portuguesa, Matemática e Química – há aulas de projeto de vida, eletivas, orientação de estudos e práticas laboratoriais.
A professora Kátia Regina Costa Silveira de Jesus, gestora do Colégio Estadual Doutor Jessé Fontes, localizado no município de Pedrinhas, falou da importância da adesão ao ensino médio em tempo integral. “Ficamos muito felizes em poder fazer parte dessa nova realidade. Penso que é um passo à frente na educação. Nossos alunos precisam de uma nova visão da escola, e esse modelo cria mais uma oportunidade de eles se encontrarem como pessoas atuantes na sociedade. Acredito que seja uma vitória para todos nós profissionais da Educação, assim como para todos os cidadãos”, declarou.
O Colégio Estadual Emeliano Ribeiro, em São Domingos, é outra escola que começa a ofertar o ensino médio em tempo integral a partir de 2022. Para o diretor da unidade, professor André Menezes de Oliveira, a chegada da nova modalidade de ensino representa um avanço para o município do Agreste Central Sergipano. “Estamos bastante entusiasmados. Trata-se de um modelo que vai apresentar um leque de possibilidades e oportunidades para nossos jovens, aproximando-os ainda mais da escola e de tudo aquilo que ela produz”, disse ele, enaltecendo a relevante contribuição do Conselho Escolar na aprovação. “Antes da aprovação a equipe da Seduc esteve na escola e apresentou o modelo, os resultados, e a partir daí a comunidade pôde conhecer e perceber a sua importância”.