BNC
13.04.2016A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, realizou nesta quarta-feira (13/4), no Hotel Nacional, em Brasília, o Seminário Andifes Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Participaram da mesa de debates o secretário de Educação Básica do MEC, Manuel Palácios; o professor José Fernandes de Lima, do Conselho Nacional de Educação - CNE; Fabiano Farias, representante do CONSED e diretor de Articulação Curricular da Secretaria Estadual da Educação do Rio de Janeiro e ainda a professora Virgínia Maria Pereira de Melo, representando a Undime.
A presidente da Andifes e reitora UFMT, Maria Lucia Cavalli Neder, destacou a realização do seminário, "oportunidade para presenciar excelentes contribuições" dos expositores da mesa, como também do público qualificado que participou do evento. A presidente da entidade ressaltou ainda sobre a importante tarefa da Andifes em relação a BNC, "sabemos da nossa responsabilidade em participar e contribuir ativamente nos fóruns estaduais e municipais, como também nos espaços das universidades", pontuando o especial destaque para as questões da BNC que desdobram na formação inicial e continuada dos professores.
Fabiano Farias parabenizou a Andifes pelo debate e espera a participação e a mobilização da entidade nas contribuições regionais. Ele também apontou a oportunidade de dialogar sobre a formação inicial e continuada dos professores. "É uma pauta legítima e importante pois existe a preocupação, após definição da Base, do impacto das mudanças em relação a formação dos professores. A Andifes é uma entidade que deve fazer parte deste processo de debate inicial, pois eles irão contribuir nessas outras etapas que desdobram da definição sobre a BNC", finalizou.
A representante da Undime, a dirigente municipal de Educação de Anápolis-GO e presidenta da Undime-GO, Virgínia Melo elencou alguns pontos do posicionamento da entidade em relação ao documento preliminar da BNC, dentre os quais a necessidade de uma melhor definição da transição entre as etapas da Educação Básica, bem como transversalidade de suas modalidades.
A professora Virgínia disse ainda que para a etapa posterior à aprovação da BNCC será necessário elaborar um documento orientador que "discuta e indique a importância da formação continuada dos professores, bem como a necessidade de mudança nos currículos de formação inicial nas licenciaturas".
Ele também destacou o importante papel, no debate, das escolas brasileiras. "Estamos tendo uma oportunidade histórica de uma aproximação com as escolas em relação a todo esse debate", para ele é uma chance das escolas participarem de forma mais efetiva. O conselheiro finalizou apontando também para "a necessidade de autoavaliação por parte das universidades públicas na sua relação com as escolas públicas brasileiras".
A Base está prevista em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), e deverá fixar conteúdos mínimos que os estudantes devem aprender a cada etapa da educação básica, da educação infantil ao ensino médio, mas deixa espaço para que estados, municípios e escolas definam os seus currículos. A expectativa é que o documento seja entregue ao Conselho Nacional de Educação até junho deste ano. A intenção é diminuir as desigualdades educacionais e melhorar a qualidade da educação no país.