A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) participou, na tarde deste terça-feira (07), do seminário da Semana Educacional Jovem do Futuro da Região Nordeste. O momento, realizado on-line, visa promover o diálogo entre jovens e secretários estaduais de educação e é promovido pelo Mapa Educação, instituição que busca engajar jovens de todo o Brasil para a construção de soluções efetivas para enfrentar os problemas da educação no país.

No momento, secretária de Estado da Educação de Alagoas, professora Laura Souza, falou da importância da manutenção do vínculo dos alunos com a escola em tempos de isolamento social e torná-los protagonistas do seu desenvolvimento educacional. “Trabalhamos para o estudante e ele é o foco do nosso trabalho. Não fazia sentido levar o modelo tradicional de ensino para internet, rádio, TV para o aluno. Então percebemos que para manter o jovem engajado, tínhamos que transformar ele em protagonista. Para isso, trabalhamos com laboratórios de aprendizagem. Os alunos recebem um roteiro quinzenal com um tema gerador, que é elaborado pela escola, e que dialoga com o que o aluno está passando. A atividade chega de forma prática desenvolvendo as competências da BNCC. Desenvolvendo inovação e empreendedorismo, torna o aluno protagonista em seu território, e os laboratórios estão sendo cruciais nesse momento”, explica Laura Souza.

Também participaram do momento Jocivaldo dos Anjos, coordenador de Políticas para Juventude na Coordenação de Projetos Estratégicos da Educação da Bahia. Eduardo de Oliveira, da Coordenadoria da Juventude da Secretaria de Estado da Educação, Esporte e da Cultura de Sergipe,  Rogers Vasconcelos Mendes, Secretários Executivo do Ensino Médio e Educação Profissional da Secretaria de Educação do Estado do Ceará e Felipe Camarão, secretário de Estado da Educação do Maranhão.



Entre os assuntos debatidos, foi falado sobre o desafio de pensar na atuação dos jovens na educação e na sociedade. “O modelo de escola atual é ultrapassado, como que isso dialoga com as necessidade atuais? Será que a escola está pronta para encarar esses desafios? Acredito que a principal resposta para esse desafio é a educação integral, vendo o indivíduo em todas as suas dimensões, seja emocional e profissional. Durante muito tempo, isso não foi trabalhado na escola, ter essa perspectiva e olhar que o aluno não como um receptor de conteúdo. Temos os grêmios estudantis para poder dialogar com os alunos e ouvir os estudantes, estabelecer esses canais é importante para tomar as decisões e contemplar as necessidades dos estudantes, explanou Laura.

A educação neste período de isolamento social também foi debatido, onde os representantes dos Estados contaram as alternativas que tiveram. Em Alagoas, as aulas estão suspensas desde 23 de março. Em 7 de abril, foi implantado o Regime Especial de Atividades Escolares Não Presenciais. A Seduc visou manter os alunos engajados e interessados nos estudos. As atividades remotas focaram no protagonismo do aluno e o território onde o aluno está inserido. Para os alunos da 3ª série do ensino médio, a secretária Laura falou do programa Foca no Enem.

"Os alunos da rede pública são desmotivados, no sentido de acharem que não podem ingressar na universidade. Mas fizemos esse programa para dar um suporte emocional e educacional, incentivando e mostrando que ele vai conseguir. As escolas estão fazendo esse trabalho com os estudantes e temos colhido resultados interessantes. Temos o feedback dos estudantes e vemos que está trazendo efeitos positivos. Está dando certo. Fazer a educação pública no Nordeste é um desafio, mas os Estados do Nordeste estão de parabéns e sendo referência no Brasil inteiro”, concluiu a secretária da educação de Alagoas, Laura Souza.

Os Laboratórios de Aprendizagem e o programa Foca no Enem estão no Guia de Boas Práticas elaborado pelo Instituto Sonhar Grande e é do acessar o link https://educacaointegral.org.br/reportagens/guia-de-boas-praticas-reune-iniciativas-de-escolas-e-redes-durante-quarentena/