Seduc oferecerá cursos técnicos profissionalizantes para reeducandos do sistema prisional

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15.07.2019

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em parceria com o governo federal, pretende oferecer cursos técnicos de curta duração para os reeducandos do sistema prisional de Goiás. As aulas serão ministradas dentro das unidades prisionais.

O objetivo da iniciativa é oportunizar a inserção dos reeducandos na sociedade e no mercado de trabalho. Os cursos serão oferecidos em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública por meio da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), que já está realizando um levantamento sobre quais penitenciárias necessitam dos cursos e têm infraestrutura para recebê-los.

As aulas serão ministradas por professores que serão selecionados pela Seduc. O Ministério da Educação (MEC) já possui um catálogo com os cursos oferecidos, que serão levados para cada unidade de acordo com a demanda.

Certificado

Entre as opções que estão sendo analisadas estão os cursos técnicos em pintor de obra, eletricista, porteiro, hortaliça orgânica para ambos os sexos e manicure e recepcionista para mulheres. "Nossa primeira experiência foi em Corumbá, onde ofertamos o curso de turismo de aventura para os reeducandos, já que a cidade tem cachoeiras e um nicho de trabalho para guias. Nossa demanda vem do sistema prisional e vamos atender de acordo com a necessidade de cada presídio, podendo levar até mais de um curso por vez", explica o gerente de Educação Profissional da Seduc, Andrei Pires de Alcântara.

Os cursos terão carga horária que vão de 180 a 400 horas e, além da formação, o reeducando receberá certificado e uma bolsa formação por hora-aula assistida, que é paga por meio de uma conta criada pela própria Seduc. "A previsão é que o curso atinja 380 reeducandos, que foi o que o MEC oportunizou dentro dos recursos que temos. O estímulo e vontade de participar dessa formação é muito grande, pois tira o reeducando da ociosidade e dá oportunidades de formação profissional”, comenta Andrei Alcântara.

O gerente também ressalta que esse tipo de iniciativa promove a esperança de um futuro melhor, dá ao reeducando a oportunidade de se inserir no mercado de trabalho quando tiver cumprido sua pena e ainda ser visto de uma outra maneira pela sociedade.