Mato Grosso
26.04.2022A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), em parceria com a ONG Repórter Brasil, promoveu o projeto “Escravo, nem pensar!”, para formação sobre a prevenção do trabalho escravo contemporâneo. Em três dias de evento, representantes de oito Diretorias Regionais de Educação (DREs) receberam orientações de como trabalhar a temática no currículo das escolas para a conscientização da comunidade escolar. O encontro aconteceu na Escola Estadual Militar Dom Pedro II – Presidente Médici, em Cuiabá.
Durante os dias 11, 12 e 13 de abril, foram abordados temas como os aspectos conceituais e legais sobre o trabalho escravo, instrumentos utilizados para combate do problema, além de temas correlacionados como migração e crimes ambientais.
A coordenadora geral do projeto, Natália Suzuki, explica que a escolha das DREs levou em consideração a quantidade de casos de trabalho escravo e de aliciamento de trabalhadores nos municípios. “O Estado de Mato Grosso é o segundo com mais casos de trabalho escravo e número de trabalhadores regatados no país. É de extrema importância que os jovens, que logo vão ingressar no mercado de trabalho, conheçam os direitos dos trabalhadores”.
Ela acrescenta que a parceria entre o projeto e o Estado contribui de diversas formas para a Educação, tanto para a formação de cidadãos conscientes quanto para a mobilização social e prevenção do problema.
A formação visou instruir profissionais das equipes das DREs sobre a temática para que posteriormente possa ser desenvolvida nas unidades escolares. De acordo com Suzuki, a iniciativa pretende alcançar 382 escolas de 67 municípios.
Participaram da formação professores formadores, assessores pedagógicos e coordenadores de formação e gestão das DREs de Alta Floresta, Cáceres, Confresa, Cuiabá, Juína, Querência, Tangará da Serra e Várzea Grande.
“A adesão da Seduc MT com o projeto é motivo de alegria e aplausos dada a relevância social da temática na atualidade. Foi enriquecedor aprender sobre essa política nacional e as linhas de atuação de repressão, prevenção e mobilização social”, relatou a formadora de Língua Portuguesa da DRE de Confresa, Eliene Coelho da Silva.
Texto de Rebeca Cruz sob supervisão de Rui Matos.