Educação do Rio Grande do Sul apresenta Plano de Contingência Escolar em evento nacional sobre emergências climáticas

Rio Grande do Sul

29.10.2025

Representando o governo do Rio Grande do Sul, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, participou, nesta terça-feira (28/10), do evento “Educação Resiliente – Um futuro necessário”. O encontro, realizado em São Paulo, reuniu cerca de 150 pessoas, entre autoridades políticas, gestores e especialistas em educação, que debateram os impactos dos eventos extremos nas redes de ensino e nas escolas, apontando os desafios e os caminhos possíveis para a nova realidade climática. 

Na ocasião, Raquel apresentou o guia para elaboração de Planos de Contingência Escolares para Eventos Climáticos (Plancon Escolar). O material, desenvolvido pela Secretaria da Educação do RS (Seduc), com apoio do Instituto Alana e assessoria técnica do Vozes da Educação, traz uma série de orientações para as escolas estaduais. A publicação, que também está disponível no site da Seduc, detalha o que a comunidade escolar pode fazer de forma preventiva antes, durante e após situações de emergência. 

O documento traz dicas, exemplos e protocolos que devem ser seguidos em diferentes tipos de ocorrência, como inundações, enxurradas, vendavais, chuvas intensas e granizo. Junto com a prevenção, um dos principais objetivos é auxiliar os gestores a organizar respostas rápidas em cenários de risco. 

Ao compartilhar a experiência do Rio Grande do Sul durante a crise climática de 2024, Raquel destacou a dimensão da tragédia e os aprendizados na gestão da crise, comparando a dificuldade de localizar os estudantes em relação ao período da pandemia. "A grande diferença é que, durante a pandemia de Covid-1, nós sabíamos onde os nossos alunos estavam: em casa. Na enchente, tivemos que cruzar os dados para ter essa informação e realizar a busca ativa. Muitas vezes eles estavam em abrigos muito longe de onde estudavam e onde moravam", relatou.

Raquel também ressaltou que os danos causados pelas enchentes e inundações não se resumem à estrutura física das escolas. "Cerca de 100% das escolas gaúchas foram impactadas, e o impacto não acontece só na emergência climática. Precisamos discutir o luto climático", afirmou.

Organizado pela ONG Todos Pela Educação, com apoio da B3 Social, o evento também promoveu o lançamento de um conjunto de 25 recomendações voltadas para lidar com a crise climática nas escolas. As orientações foram construídas para servir de referência para gestores públicos em todo o país. 

Durante o encontro, que ocorreu no formato de painéis, estiveram presentes a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o secretário municipal de Educação de Belém Patrick Tranjan, a secretária de Educação Básica do MEC Kátia Schweickardt, o presidente do Conselho Nacional de Educação Cesar Callegari e o presidente da Undime Luiz Miguel Garcia. Também participaram especialistas como Mônica Pinto (Unicef Brasil), Ricardo Henriques (Instituto Unibanco) e Carolina Campos (Vozes da Educação).