Educação realiza formação para professores de escolas do Campo em Maravilha

Santa Catarina

25.04.2022

A Secretaria de Estado da Educação (SED) realizou, juntamente, com a Coordenadoria Regional de Maravilha, uma formação para cerca de 200 professores das Escolas do Campo da região, nos dias 19 e 20. A formação ocorreu no auditório da EEB João XXIII, em Maravilha.

O Curso de Formação Continuada “Qualificação e Implementação do Currículo Base de Santa Catarina nas Escolas do Campo” desenvolveu temas de estudo com os professores que atuam nas 11 Escolas do Campo e nas três Casas Familiares Rurais da região, tais como: marcos legais, conceitos e princípios que fundamentam a Educação no Campo, propostas pedagógicas e metodológicas adequadas à Escola do Campo; arranjos curriculares para a Escola do Campo considerando o Currículo Base do Território Catarinense e as políticas e diretrizes da Educação do Campo; adequações do Projeto Político Pedagógico a partir do inventário da realidade; apresentação e aprofundamento da metodologia da Pedagogia da Alternância; possibilidades de práticas pedagógicas com projetos geradores; e promover momentos de socialização das práticas e experiências pedagógicas das Escolas do Campo.

A formação foi ministrada pela gerente de Modalidades e Diversidades Curriculares da SED, Beatris Clair de Andrade e pelo técnico da gerência, Sadi José Rodrigues da Silva, que recentemente concluiu sua tese de doutorado na área de Educação do Campo.

O curso tem certificação de 40h com encontros presenciais e momentos de trabalho a distância. A Gerência pretende replicar essa ação para outras regionais para fortalecer e qualificar a Educação no Campo.

O que é Educação do Campo

De acordo com a Proposta Curricular de Santa Catarina a Educação do Campo nasce como demanda dos movimentos sociais do campo, entre eles, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Ao longo do tempo vem se configurando com um conceito amplo ligado à tríade Campo - Política Pública - Educação. Essa relação compreende o campo como um espaço dinâmico, com direito à autonomia e respeito às identidades dos povos e do campo.

A Educação do Campo deve assumir uma visão de totalidade dos processos sociais, políticos e agrícolas, apoiada na relação dialógica entre reflexão pedagógica crítica e processos de formação humana. Nesse processo, o diálogo deve acontecer permeado por uma concepção de ser humano integral, respeitando as culturas e acolhendo as diversidades.