Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e Ministério do Esporte implantarão programa de esporte e cidadania

Secretaria de Educação do Rio de Janeiro

04.05.2017

A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) do Rio de Janeiro, por meio do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) e o Ministério do Esporte, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), implantarão o programa “Esporte e Cidadania para Todos” nas unidades do Degase, que atendem a adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.

O evento de lançamento contou com as presenças do secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Cruz Fróes da Silva; do secretário de Estado de Educação, Wagner Victer; da presidente do RioSolidario, Maria Lúcia Cautiero Horta Jardim; do diretor-geral do Degase, Alexandre Azevedo de Jesus; do pró-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jailton Gonçalves Francisco; da superintendente de Projetos Especiais da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, Karol Mendez; e do comodoro do Iate Clube Jardim Guanabara e conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, José de Moraes.

– Os profissionais que trabalharão neste projeto são as peças fundamentais para o sucesso do mesmo, pois a dedicação e carinho deles determinarão se a iniciativa será vitoriosa. A entrega dos funcionários é que dará o resultado que esperamos na vida desses jovens – disse Leandro Cruz Fróes da Silva.

O programa “Esporte e Cidadania para Todos” é pioneiro, pois atende adolescentes e jovens em conflito com a lei e, ainda, o público em vulnerabilidade social. O projeto será desenvolvido nas nove unidades do Degase e terá duração de 18 meses. Em todos os núcleos serão realizadas, pelo menos, três modalidades esportivas, que serão incorporadas à rotina de atividades dos jovens.

– O Degase já possui parcerias na área do esporte com o Instituto Reação, que promove aulas de judô; com a Italia Futebol Academy, realizando oficina de futebol; com o Clube de Regatas do Flamengo, que dá aulas de basquete para os jovens, e, agora, com o Ministério do Esporte. Essas iniciativas são importantes e essenciais para os adolescentes, pois a prática de atividades esportivas, principalmente as coletivas, contribui para a ressocialização – destacou Wagner Victer.

A iniciativa atenderá 150 adolescentes em cada unidade, sendo 75 em lutas e artes marciais (como judô, jiu-jitsu e capoeira) e 75 nos esportes coletivos e individuais (futebol de campo, futsal, handebol, basquete e vôlei). Com essa iniciativa, o Ministério do Esporte entende que o desenvolvimento do projeto se somará às políticas públicas de esporte e inclusão social, servindo como ação importante para o legado social das Olimpíadas 2016.

– O lançamento deste projeto é um grande desafio, pois tem a coragem de colocar como público-alvo jovens em conflito com a lei que muitas vezes não têm mais sonhos e que, assim, voltam a nutri-los. O esporte, a cultura e a arte são fundamentais neste processo – ressaltou Alexandre Azevedo de Jesus.

Segundo a primeira-dama e presidente do RioSolidario, Maria Lúcia Cautiero Horta Jardim, é preciso ofertar, especialmente aos jovens, diferentes caminhos para aumentar a qualidade de vida da população.

– Se nós não sensibilizarmos a sociedade, não teremos um mundo melhor, com oportunidade, cultura e educação para todos. Nosso compromisso moral e social é este: dar oportunidade a esses jovens, pois a oportunidade é que transforma as pessoas – disse Maria Lúcia Cautiero Horta Jardim.

Projeto Socioeducativo

De acordo com a proposta da Universidade Federal Fluminense (UFF), o programa prevê a implementação de um total de 56 núcleos de esporte educacional, nos quais serão realizadas modalidades esportivas diversificadas para desenvolvimento do “Projeto Socioeducativo”. O atendimento será direcionado a crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, na faixa etária de 6 a 21 anos, em municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Desses 56 núcleos, nove serão dentro de unidades de medidas socioeducativas de internação e semiliberdade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Os outros 47 serão desenvolvidos em comunidades em vulnerabilidade social.

– Uma universidade tem três pilares: ensino, pesquisa e extensão. O apoio a este projeto faz parte das atividades de extensão da UFF e visa auxiliar na ressocialização destes jovens e sua reinserção na sociedade – finalizou o pró-reitor da UFF, Jailton Gonçalves Francisco.