Secretaria de Educação lança programa 'Alfabetiza Pará'

Pará

17.04.2023

Nesta sexta-feira (14) a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) realizou o evento de lançamento do programa "Alfabetiza Pará", no município de Breves, no Marajó Oriental. Programa, em regime de colaboração, quer diminuir a defasagem na alfabetização dos alunos das redes municipais e estadual.

Organizado pela Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM), evento contou com a presença de prefeitos, secretários municipais de Educação e professores de dez municípios do Marajó Ocidental. Na ocasião o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares, ainda atendeu os prefeitos e suas demandas. 

“Nós estamos cuidando da base. O processo de alfabetização é o primeiro processo e o mais importante de todos. Todo mundo precisa se envolver, a família, a comunidade, a escola, precisamos dar apoio. Não importa se é rede municipal ou estadual, o fundamental é que cuidemos das crianças do Marajó e do Estado cuidando desde já, como prioridade. A partir de uma boa alfabetização podemos transformar positivamente toda a sociedade˜, ressaltou Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação do Pará. 

No Brasil, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), toda criança deve ser plenamente alfabetizada até o 2º ano do ensino fundamental, em torno de 7 e 8 anos de idade, dominando as habilidades da leitura e escrita. É a alfabetização na idade certa.

A Seduc ressalta que o processo de alfabetização é um direito fundamental para toda criança. É também o ponto essencial no desenvolvimento cognitivo dos estudantes, já que a partir da concretização dessa etapa é possível apresentar novos conteúdos e disciplinas, além de possibilitar aprofundamento de ambos. É essencial que os estudantes sejam capazes de decodificar códigos e interpretá-los para só então receber e compreender novos estímulos de conhecimento. 

Anfitrião do evento, o prefeito Xarão Leão, do município de Breves, destacou a parceria entre Estado e municípios para potencializar as ações educacionais no Marajó. “Recebemos o nosso secretário com muita felicidade. Firmamos um compromisso com a Seduc e com os demais prefeitos do Marajó nessa luta pela garantia de direito das nossas crianças”, disse. 

“Com uma criança plenamente alfabetizada conseguiremos ter um ensino de qualidade. Vamos trabalhar todos juntos para que as coisas realmente possam acontecer e que traga um ensino de qualidade para nossas crianças que tanto precisam. O Marajó precisa ser visto, nossas crianças precisam ser vistas”, completou a deputada estadual Andréia Xarão. 

“A educação precisa ser maior que qualquer coisa. É muito bom ter um secretário de Estado presente no Marajó para conhecer as adversidades do Marajó. Para mudar precisamos primeiro ouvir, para assim adequar e apresentar estratégias. E essas mudanças devem vir do chão da escola, porque é lá que se constrói, é lá que conhecemos nossos alunos. Juntos podemos ter um regime de colaboração de fato e de direito”, afirmou Cláudia Seabra, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Pará. 

Projeto - O ‘Alfabetiza Pará’ é um programa em regime de colaboração do Governo do Estado do Pará e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que auxilia os municípios no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) durante o período de alfabetização.

A proposta é disponibilizar recursos, ferramentas pedagógicas e avaliativas para que as cidades melhorem o ensino ofertado nas redes municipais e estadual, atendendo, inclusive, aos requisitos do ICMS Educacional, aprovado na Assembleia Legislativa (Alepa) em 2022. 

O Projeto de Lei formalizou o programa em regime de colaboração e prevê bolsa para reforçar a atuação dos profissionais alfabetizadores frente aos recursos, especificidades e materiais didáticos disponibilizados pela iniciativa. Ainda estabelece premiação para escolas com os maiores resultados e para os menores uma contribuição financeira, em ambos os casos para dar continuidade e potencializar as ações de alfabetização nas escolas.

 

Texto: Marcelo Júnior / Ascom Seduc