Saúde mental e autocuidado são fatores essenciais para a comunidade escolar

Sergipe

19.03.2020

O período de isolamento é um momento voltado para o confinamento social, no qual os encontros com amigos, familiares e outras pessoas com quem geralmente o indivíduo estabelece contato no dia a dia devem ser suspensos. Esta é uma das principais orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse contexto, o desafio de mães, pais, crianças, jovens, demais adultos e idosos é concentrar os esforços para manter-se em estado emocional saudável mediante as recomendações ante o avanço do covid-19 no Brasil. 

Algumas emoções tendem a se apresentar de maneira mais intensa diante de situações de privação. Cada ser humano se comporta de modo particular, embora as restrições e cuidados essenciais com a higiene pessoal sejam dirigidas igualmente a todos. Contudo, alguns podem manter o isolamento e outros precisam sair para trabalhar, por exemplo. Estas e outras dificuldades atingem a comunidade escolar, especialmente estudantes, professores e servidores, diretamente ligados ao funcionamento das escolas. 

A psicóloga Andressa Oliveira, do Núcleo de Apoio Socioemocional, vinculado ao Serviço de Projetos Escolares em Direitos Humanos (SEPEDH), da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), explica que é essencial pensar que o isolamento é necessário para a preservação da própria saúde e a dos outros, sobretudo, exercendo a empatia e pensando no coletivo. "Outro fator importante é tentar se informar de maneira tranquila, não ter contato com nada que cause pânico ou ansiedade, porque nessas situações de isolamento, as emoções tendem a ficar mais intensas e difíceis de controlar", enfatiza. 

Andressa Oliveira explica que em período de ficar mais tempo em casa há algumas indicações como investir em uma coisa que você gosta; fazer atividades que proporcionam prazer; pensar e refletir sobre o motivo pelo qual você está passando por esse momento de isolamento; aplicar o autocuidado e cuidar dos outros também. Outras orientações importantes para superar esse tempo com consciência, inteligência e empatia são evitar o excesso de informações desnecessárias; evitar o pessimismo como padrão de pensamento;  evitar não fazer nada; estabelecer uma rotina diária, pois isso ajuda na realização de propósitos; e pensar que a solidão do isolamento acontece devido à pandemia. 

O modelo de ensino e aprendizagem tradicional também está afetando o dia a dia de crianças e adolescentes, principalmente, obrigando-os a aprender a lidar com as alterações nesse percurso. De antemão, é preciso compreender que o período de isolamento não se refere a férias. A suspensão das aulas foi motivada por uma situação emergencial, o que implica reter os alunos em casa com os familiares. No entanto, os estudos devem continuar. Por isso, a Seduc está reunindo diretores regionais de Educação, técnicos, professores e outros servidores a pensarem saídas pedagógicas, de modo a conduzir os estudos na modalidade a distância e utilizar-se das tecnológicas para compor ambientes de aprendizagem. 

Para acompanhar as sugestões de atividades educativas, pais, mães e estudantes da Rede Estadual de Ensino devem ficar atentos ao portal da Seduc por meio do link http://seduc.se.gov.br/. O portal será alimentado todos os dias com dicas de filmes, documentários, livros e outras ferramentas para ajudar a estabelecer uma rotina de exercícios que auxiliem a aprendizagem dos estudantes.

A dica para os pais e mães durante o tempo necessário de suspensão de aulas é explicar às crianças e adolescentes o que está acontecendo; informá-los dos cuidados que devemos ter e explicar-lhes que nesse momento, ficar em casa é a melhor opção para todos.