Redes Estadual e Municipal realizam a oitava edição da EXPOTEC

Pernambuco

13.09.2019

Estudantes de 37 escolas das redes públicas municipal e estadual de dez municípios da Região Metropolitana do Recife estão participando da oitava edição da Exposição de Tecnologia e Ciência em Camaragibe (Expotec), nesta quinta e sexta-feira (12 e 13), na praça de alimentação do Camará Shopping, em Camaragibe. Quem for ao centro de compras pode conferir cem projetos e pesquisas realizados por aproximadamente 340 estudantes do Ensino Fundamental e Médio. A entrada é gratuita.

Este ano, a exposição conta com um espaço de robótica, que tem uma programação de oficinas e atividades voltadas para a temática, e uma área em parceria com o Espaço Ciência, onde também são oferecidas atividades gratuitas. Os jovens apresentam os projetos em estandes, onde são avaliados por 240 professores, sendo 180 universitários. Além de apresentar a pesquisa científica para a sociedade, eles concorrem a classificação para outras feiras, mostras e exposições. São cinco categorias nas quais os projetos concorrem, seguindo as cinco áreas de conhecimento: Humanas, Exatas, Robótica, Códigos e Linguagens e Biológicas.

“A gente fica feliz quando o estudante percebe problemas encontrados na comunidade em que vive e encontra soluções criativas a fim de melhorar a qualidade de vida daqueles que moram ali. Esse é um dos motes que nos trazem aqui todos os anos. Além disso, o contato mais direto com a pesquisa científica contribui na vida estudantil destes jovens”, comentou Luiz Carlos, coordenador da Expotec.

Dentre os projetos, um grupo formado por quatro estudantes da Escola Estadual Ministro jarbas Passarinho, de Camaragibe, apresentou o projeto Favela Vive. Baseado numa pesquisa sobre a estética e rotina de favelas do Rio de Janeiro envolvendo leitura de livro e parcerias com contas das comunidades no Instagram, o grupo abordou estigmas que as comunidades sofrem. “Tudo é periferia, nosso país é repleto delas e no nosso município não é diferente. Temos o contato direto com a realidade da favela. No projeto, a gente analisou a favela do Rio de janeiro, mas temos um convívio diário aqui também. Então, nosso principal objetivo é sensibilizar as pessoas sobre os problemas sociais. Muitos se questionam sobre a origem da criminalidade, mas poucos tentam sanar isto”, comentou Bianca Sousa, que está no segundo ano do ensino médio. 

Outro grupo da mesma escola, desta vez formado por estudantes do ensino fundamental, apresentou  um estudo sobre o preconceito. “Queremos dar um basta nessa atitude, que inclusive é um crime. Percebemos que alguns conhecidos do entorno na comunidade passaram por situações desagradáveis envolvendo o preconceito e nos mobilizamos para enfrentar isso de uma forma diferente”, contou João Victor. O grupo criou uma história em quadrinhos que traz personagens indígenas, negros e mestiços, mostrando a diversidade existente em Pernambuco.