Projeto Mãos Amigas integra mais cinco apenadas para prestação de serviços nas escolas da rede estadual

Paraná

27.09.2023

Perto de completar onze anos, o projeto Mãos Amigas é desenvolvido pelo Governo do Estado por meio de uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), as secretaria da Educação e da Segurança Pública e a Polícia Penal do Paraná, com a interveniência do Paranaeducação. Por meio da transformação dos ambientes escolares, o programa une a ressocialização à restauração, reinserindo os apenados em regime semiaberto harmonizado como participantes ativos da sociedade, por meio da realização de serviços de manutenção, conservação e reparo de instalações.

Em 2023, até este mês, o programa atuou em 522 colégios, sendo 22 deles na Capital e, para celebrar o aniversário do projeto (que acontece no mês de outubro), uma nova equipe feminina foi integrada ao programa, por meio com o Núcleo de Atendimento à Pessoa com Monitoração Eletrônica (Nupem). Composta por cinco mulheres em monitoração eletrônica, o time já “botou a mão na massa”, realizando serviços de limpeza e pequenos reparos em escolas da rede estadual de ensino, em Ponta Grossa.

“Componente fundamental para a reintegração bem-sucedida dos presos, este trabalho também vem a colaborar de forma importante com a sociedade por meio dos serviços prestados às escolas. Sem dúvida, estes serviços contribuem muito para o funcionamento ainda melhor do espaço escolar”, destaca o secretário de estado da educação, Roni Miranda.

Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, a participação feminina representa mais um avanço no programa que, segundo ele, há 11 anos faz a diferença nas escolas estaduais. "O Governo do Estado incentiva o Mãos Amigas porque ele possibilita que as escolas permaneçam limpas, que sejam feitos pequenos reparos em hidráulica e parte elétrica, roçada e pintura. Os trabalhos são realizados sempre com acompanhamento de um policial penal, garantindo a segurança de todos os envolvidos", explica.  

Impacto Social - Possibilitando a redução de 50% nos orçamentos de reparos e manutenções dos prédios escolares, a mão de obra desempenhada pelas equipes do programa garante aos participantes do sexo masculino o recebimento de 75% do salário mínimo além da redução de pena de um dia a cada três trabalhados. Já as trabalhadoras do sexo feminino são remuneradas com um salário mínimo. As equipes são transportadas, pelos veículos do programa Mãos Amigas, dos presídios para as instituições de ensino, onde também recebem alimentação oferecida nas próprias escolas, incluindo café da manhã, almoço e lanche. 

Para Ivete Zarochinski, diretora do Colégio Cívico Militar Antônio Sampaio, em Ponta Grossa (onde aconteceu uma das ações), o Mãos Amigas oferece ajuda fundamental. “Este projeto é muito bem vindo no colégio. Eles realizaram muito bem o trabalho de poda de árvores, corte de grama e organização e sinalização do estacionamento. São sempre muito caprichosos e esforçados”, relata.

Atualmente, o projeto integra 105 apenados em 17 equipes de 10 Núcleos Regionais de Educação (NRE) dentro do programa. A previsão é de novos convênios com mais quatro NREs nos próximos meses, o que aumentará o número de equipes para 22. Além disso, também está prevista a expansão para a utilização de apenados de mais unidades prisionais do Estado, o que aumentará o número de equipes femininas.