Projetos de escolas são apresentados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace)

Sergipe

23.03.2023

Dois projetos desenvolvidos por alunos da rede pública estadual de Sergipe participam nestas terça e quarta-feiras, 21 e 22, da 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Considerado o maior programa de talentos em ciências e engenharia, a Febrace é coordenada pela Universidade de São Paulo (USP), cujos objetivos são aproximar as escolas públicas e privadas das universidades e criar uma oportunidade para jovens estudantes brasileiros de entrar em contato com diferentes culturas e com cientistas reconhecidos.

Durante a Febrace, os projetos serão avaliados, e os melhores, além das premiações, estarão classificados para a Feira Internacional (ISEF), que acontecerá nos Estados Unidos.

Apoiados pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), os projetos participantes são: ‘TrioCrim – Três Fitoterápicos à Base de Alecrim’, do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Brito, em Canindé do São Francisco, no alto sertão sergipano; e ‘Ecobags de Papel de Palha de Coqueiro: uma alternativa sustentável para substituir as sacolas plásticas usadas na feira livre’, do Colégio Estadual Antônio Garcia Filho, em Umbaúba, no sul sergipano.

O ‘TrioCrim - Três Fitoterápicos à Base de Alecrim’ estuda as propriedades do alecrim, buscando combater os sintomas de tosse, inflamação na garganta e ansiedade, a partir da produção de três fitoterápicos: um xarope, um enxaguante e uma cápsula. Todos eles foram feitos de forma caseira e a baixo custo, utilizando água, mel, alecrim e cravo. Participam do projeto os alunos Marcelo Jorge Dantas, Anny Caroliny de Oliveira Santos e Maria Clara Vitor da Silva, com orientação da professora Lark Soany e coorientação da professora Marisa Gomes Nobre.

“Acreditamos muito no potencial desse projeto. Sentíamos que ele ainda não havia recebido o reconhecimento merecido e, então o inscrevemos na Febrace. Quando fomos selecionados para a etapa on-line já foi o máximo, e ser finalista da etapa presencial é ainda maior”, destacou a professora Lark Soany.

 

Recentemente o projeto da escola sergipana recebeu o Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico (Piec), concedido pela empresa Benv 360⁰ e o grupo multinacional Ambipar. A escola estadual sergipana inscreveu sete projetos, dentre os quais está o TroCrim, e se destacou como unidade de ensino brasileira que agrega em seu calendário escolar a produção e empreendedorismo científico.

A professora Lark Soany também está classificada entre os dez professores finalistas ao Prêmio Professor Destaque – Febrace 2023, concorrendo com profissionais de todo o país. 

 

O projeto ‘Ecobags de Papel de Palha de Coqueiro’, do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Brito, também participa da Febrase e foi orientado pela professora Darcylaine Martins e desenvolvido pelas alunas Ellen Santos Guimarães, Iulânia Firmino dos Santos e Sofhia Gabrielly Araújo Santana.

 

O projeto das ecobags tem como objetivo substituir as sacolas plásticas usadas nas feiras livres de Umbaúba, utilizando um material sustentável, reciclável, acessível e fácil de encontrar em Sergipe. “As alunas passaram duas semanas sendo avaliadas virtualmente pelos professores da USP na fase semifinal. O projeto foi muito elogiado pelos avaliadores graças à sua importância ambiental, social e econômica no processo de produção das ecobags , principalmente para a comunidade local. Estão entre os melhores projetos de iniciação científica do Brasil desenvolvido por alunos do ensino médio”, explicou a professora Darcylaine Martins.

A aluna Iulânia Firmino dos Santos disse que tudo é muito novo para ela, mas que está sendo muito gratificante. “A ciência chegou para mim no início do ano de 2022, quando fui convidada pela professora Darcy, juntamente com as minhas colegas, e foi uma surpresa. Conhecer a nossa feira foi o ponto de partida e foi incrível. Daí surgiu a problemática do plástico. Buscando uma solução, nos deparamos com o papel, mas não paramos por aí. Pesquisamos, fizemos testes e chegamos a produzir nossas ecobags”, explicou.